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Em Maui, no Havaí, turista viaja entre o fundo do mar e o topo de vulcões

Juliana De Rose

Do UOL, no Havaí (EUA)

13/01/2014 07h23

Ao chegar a qualquer ilha do Havaí, logo vem à mente homens e mulheres de sarongue nos esperando com um belo colar de flores, dizendo gentilmente "Aloha" para todos os turistas que desembarcam. Em Maui, o Aloha de boa-vindas será dado, mas o colar só é possível comprar em pequenas máquinas espalhadas pelo aeroporto.

A ilha de Maui é a segunda maior do arquipélago do Havaí e, apesar de contar com menos de 150 mil habitantes, recebe aproximadamente três milhões de turistas por ano. Margeada por todo o Oceano Pacífico, é possível parar em mirantes ou em pequenas faixas de areia para observar a paisagem que se estende por qualquer percurso feito dentro da ilha. O ponto de partida é a cidade de Kahului, onde está localizado o aeroporto e todo tipo de comércio que abastece os moradores locais.

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Seguindo para a costa oeste, a 37 km, está a turística cidade de Lahaina. Antiga capital do reino do Havaí, entre 1820 a 1845, a pequena cidade abriga a Front Street, cheia de lojas turísticas, com destaque para as que vendem pérolas (produto de destaque na ilha), restaurantes típicos e franquias, e praças com grandes árvores. A dica é o hotel/restaurante Pioneer Inn (www.pioneerinn-maui.com/grill-bar.htm), uma casa arejada e com uma sacada de frente para o mar. Os atendentes solícitos servem o tradicional café da manhã americano. O local também funciona para almoço e jantar.

Seguindo para o norte, o viajante chega à praia de Kaanapali, região onde se concentram hotéis e resorts de luxo. Além disso, é nesta praia que os turistas podem apreciar o mais belo pôr do sol de Maui. É possível aproveitar a praia que serpenteia os hotéis.

É também nessa parte que se encontra uma das atrações mais turísticas da ilha. Os luaus são uma oportunidade para o visitante conhecer alguns aspectos culturais como dança e gastronomia. São nessas festas que são oferecidos os Leis (típico colar de flores), além de homens e mulheres em roupas típicas apresentarem a Hula e outras danças das demais ilhas do Pacífico, embaladas pelo som do ukulele (famoso instrumento musical havaiano). Durante o evento é feita a encenação do prato típico Porco Kalua. O porco assado em um forno subterrâneo chamado Imu é retirado após uma cerimônia e servido para os convidados.

Paisagem vulcânica

Indo em direção a Maalaea Bay encontram-se outros passeios da ilha. É no pequeno porto de onde saem diariamente barcos em direção a Molokini, uma cratera de vulcão no formato de meia lua, quase toda submersa no meio do Pacífico. O lugar atrai aqueles que gostam de mergulho e snorkel, pois a fauna marítima concentra desde corais a tubarões. O viajante usará uma manhã inteira para desbravar as belezas oferecidas.

A ilha de Maui é formada por dois grandes vulcões e o maior deles, o Haleakala, é a atração principal por proporcionar a melhor visão do nascer e do pôr-do-sol. Diariamente, turistas rumam ao cume do vulcão, ainda de madrugada, para garantir um bom lugar para assistir ao sol nascer acima das nuvens por volta das seis horas. Um pouco menos concorrido, mas também espetacular, é o pôr do sol. A vantagem é não precisar sair de madrugada para assistir ao show da natureza.

  • Juliana De Rose/UOL

    Pôr do sol visto da ilha de Maui, destino turístico do arquipélago havaiano, nos EUA

É preciso subir até 3.000 metros de altitude e enfrentar um frio incomum ao Havaí. Além do show à parte do sol, o lugar está dentro de um parque nacional e oferece cavalgadas, passeios de bicicleta e trilhas pela cratera do vulcão. O parque ocupa 134 km² da ilha e se estende até as proximidades de Hana no extremo leste, chegando até a costa sul de Maui.

Inativo desde 1790, o Haleakala tem uma paisagem desértica e possui um complexo ecossistema que inclui até uma espécie endêmica de planta chamada Silver Sword, que é protegida pelo governo para garantir sua existência.

No extremo leste da ilha fica a última cidade de Maui: Hana. Apenas um detalhe para este passeio: o ponto alto dele é a estrada a ser percorrida e não a cidade em si. Para chegar até lá é preciso enfrentar a tão famosa estrada de Hana. Esse trajeto é para aqueles que gostam de dirigir com emoção. O ponto de partida é a pequena cidade de Paia.

É nela que se encontra o último posto para abastecer e onde os turistas compram mantimentos para a viagem. Na volta para casa, reserve um tempo para o Fish Market (www.paiafishmarket.com). O restaurante, de preço razoável, oferece desde lanches até pratos que dão para dividir para dois. O mahi mahi é o peixe mais consumido da ilha e no local ele é servido fresco e em diversas variedades de pratos.

Os 72 km de estrada possuem uma infinidade de curvas fechadas e passagens de apenas um carro por vez, que exigem total atenção do motorista. Como recompensa, a estrada oferece um visual único. Há mirantes por toda a rota, além de parques, cachoeiras e praias escondidas pela vegetação. Indicando a metade do caminho fica o charmoso Halfway to Hana (www.halfwaytohanamaui.com), uma tenda que vende produtos típicos da ilha como o famoso bolo de banana e o sorvete de macadâmia.

  • Juliana De Rose/UOL

    Porto de Maalaea Bay é o ponto de partida das excursões a Molokini, no Havaí

Chegando a Hana a opção mais comum é voltar pelo mesmo caminho, enquanto há luz do dia, pois à noite a estrada se torna perigosa. Para os mais aventureiros, outra opção é seguir em frente e dar a volta na ilha, onde a paisagem muda e a vegetação tropical dá lugar à aridez do deserto.

Afora os passeios, o viajante pode encostar os carros nas diversas praias que margeiam a ilha. Por isso, não se atenha a ficar em um único lugar. Há variedades para todos os gostos. Desde as praias onde o mar é calmo, passando por outras que a areia é preta por conta da formação de rochas vulcânicas, até aquelas onde o mar é agitado propício para o surfe, como a famosa Jaws.

Informações turísticas
Turismo de Maui: www.gohawaii.com/maui

Como chegar
Não há voos diretos do Brasil. Para chegar até o aeroporto de Kahului (OGG) é necessário fazer conexão em alguma cidade americana, como por exemplo Dallas, Los Angeles ou San Francisco. Em geral a viagem dura cerca de 20 horas no total. É bom lembrar que o Havaí pertence aos Estados Unidos, logo seu visto americano precisa estar em dia. Outra maneira de chegar são os navios de cruzeiro que partem geralmente de Honolulu, capital do Estado do Havaí.

Passeios
Para subir ao cume do vulcão Haleakala há duas alternativas. A primeira e a mais usual é usar seu próprio carro alugado. A estrada em boa condição tem sinalização até a entrada do parque nacional e depois até o cume do vulcão. A outra opção é a contratação de tour com traslado ida e volta.

A entrada no parque nacional custa U$ 10 por carro. Caso opte por subir por conta própria é importante consultar as condições meteorológicas e o horário do nascer e do pôr-do-sol no site oficial do parque (www.nps.gov/hale/index.htm).

Já o tour contratado sai em torno de U$ 90 por pessoa. Uma das empresas que faz este passeio é a Ohana Fun (www.ohanafun.net/activity/show/129/).

O snorkel em Molokini só é possível fazer por um tour contratado. Existem diversas empresas que fazem este passeio. A Pacific Whale Foundation é uma ONG que conta com tripulação especializada e que durante o trajeto dá palestras sobre a fauna marinha e também sobre conscientização ecológica. Entre os vários tipos de tours, o mais recomendado para iniciantes é o Molokini Eco Express (www.pacificwhale.org/cruises/snorkel-cruises#24684), que custa U$ 45 por pessoa e dá direito ao material básico para snorkel e almoço na volta.

Transporte
O sistema de transporte público é quase inexistente na ilha. A melhor opção é alugar um carro. Todas as grandes companhias estão presentes no aeroporto e a frota é bem extensa para atender à demanda.

Hospedagem
A ilha está servida em sua grande maioria por hotéis e resorts. As principais áreas de hospedagem são: Kaanapali (região oeste), Kihei e Wailea (região sul). Não há muita opção de hospedagem de baixo custo, como albergues e pousadas.