Belas paisagens e vinhos garantem estadia romântica em Carmelo, no Uruguai
Apenas 50 minutos de carro separam Colônia do Sacramento, no Uruguai, já conhecida dos brasileiros, da pacata Carmelo. Para quem vem de uma escapada a Buenos Aires, basta uma horinha em Buquebus pelo rio de la Plata a Colônia e 50 minutos de estrada para chegar. Quem vem de Montevidéu percorre três horas de estradas cênicas, tomadas por pampas, ovelhas e muito verde.
A mudança de cenário ao se aproximar de Carmelo é óbvia: os pampas cedem espaço a videiras enfileiradinhas em abundância; afinal, um dos maiores atrativos da cidade é justamente a quantidade de vinícolas que se instalaram por ali e começaram a atrair cada vez mais visitantes, como Narbona, Irurtia e Los Cerros de San Juan.
Mas, verdade seja dita, o que colocou mesmo Carmelo no mapa internacional de viajantes foi a abertura há quase uma década do hotel Four Seasons Carmelo. Figurando há anos nas listas de 100 melhores hotéis do mundo, o hotel faz justiça à fama que tem, cobrindo os hóspedes de mimos o tempo todo – a começar pela refrescante limonada “carmelita”, com gengibre e hortelã, que todo mundo recebe antes mesmo de entrar no hotel. Em estilo resort, tem quartos em estilo vila ou bangalô cheios de espaço e decoração com móveis e objetos provenientes de Bali; praia privativa (com areia e tudo) no rio de la Plata; um spa invejável; gastronomia local e internacional caprichada em seus três restaurantes e uma piscina que é a alma do hotel, numa propriedade tomada por verde e vinhedos, além de campo de golf próprio.
O ritmo em Carmelo é o da tranquilidade. O silêncio impera em praticamente qualquer lugar da cidade, inclusive no centrinho, em que tudo gira em torno da Plaza Central onde fica a igreja matriz. Restaurantes de parrilla, lojinhas de vinho e cafés surgem enquanto se caminha sem pressa em suas ruas de paralelepípedos, por entre casas cheias de história (e idade). Hora do rush é um conceito que os carmelitas desconhecem completamente; até porque o principal meio de locomoção por ali, inclusive para turistas, são as bicicletas.
HOTÉIS
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VINÍCOLAS Irurtia
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INFORMAÇÕES TURÍSTICAS |
RESTAURANTES Basta Pedro!
Finca Narbona |
Com suas estradinhas sinuosas que se estendem por entre árvores, vinhedos e imensos campos de golfe (um dos outros grandes atrativos da cidade para turistas internacionais) geralmente desobstruídos devido ao tráfego muito, muito tranquilo em toda parte, Carmelo parece ter sido feita para os ciclistas.
O bucólico Puerto Camacho, que em outros tempos chegou a ser um importante porto para a região, hoje funciona como píer para barcos de veranistas e costuma reunir ciclistas em descanso das pedaladas. Ali, além da bela paisagem, é possível fazer um lanche, almoçar ou, pelo menos, tomar um típico helado de Dulce de leche do Basta Pedro, uma das casas mais tradicionais da cidade. Alugar caiaques por ali ou entrar num dos tours em lancha pela “orla” de Carmelo também estão entre as atividades mais frequentemente procuradas pelos turistas. Cavalgar pelas colinas tomadas por vinhedos e depois descer à beira-rio no lombo dos cavalos também é um programaço.
Mas há que reservar tempo para curtir o melhor de Carmelo, é claro: suas vinícolas. Os hotéis todos vendem tours, em grupo ou privativos, para quem deseja fazer visitas guiadas e degustações em algumas delas. É possível também ir por conta própria, preferencialmente agendando com antecedência; mas daí vale ir de táxi ou em bicicleta (há boa oferta para aluguel e alguns hotéis emprestam as magrelas para seus hóspedes), já que vinhos e direção não combinam.
O vinho mais tradicional uruguaio, o Tannat, está fortemente presente ali. Mas os vinhedos de Carmelo andam gerando também boas opções de outras uvas, como Viognier, que resulta em ótimos vinhos locais. Ali os rosés também são boa pedida para os dias mais quentes. Na Finca Narbona, que ainda guarda a atmosfera de pequena propriedade familiar e hoje mantém um bed&breakfast na própria vinícola, também é possível, depois da visita, ficar para almoçar ou jantar em seu ótimo restaurante. Ou, pelo menos, levar para casa alguns dos deliciosos queijos e compotas vendidos em sua lojinha, de produção artesanal.
Apesar do sossego, os horários das refeições seguem mais ou menos os hábitos de Punta del Este, sobretudo no verão: os almoços bem tardios, lá pelas 15h, e os jantares por volta das 22h. Durante os meses quentes, o sol se põe muito tarde, por volta das 21h, num grande espetáculo diário que turistas e moradores costumam assistir embevecidos até o sol ser engolido pelo Plata.
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