Ruínas de Cesaréia, em Israel, mostram a imponência do Império Romano
Na costa do Mar Mediterrâneo, entre Tel Aviv e Haifa, está um dos mais impressionantes sítios arqueológicos de Israel: o Parque Nacional de Antiguidades. Localizado na cidade de Cesaréia, o espaço abriga as ruínas do antigo palácio do rei Herodes, o Grande, construído no primeiro século a.C.. O nome Cesaréia (Caesarea) é uma homenagem ao imperador romano César Augusto.
O complexo arquitetônico compreende edificações de diferentes eras, desde o período Helênico (século 3 a.C.) até o período das Cruzadas (século 12 d.C.), mas foi durante o governo de Herodes (37 a 4 a. C.) que Cesaréia ganhou importância e se tornou o maior centro cultural greco-romano da região oriental do Império Romano.
As ruínas do parque mostram a imponência dos monumentos na época. O complexo abrigava um grande porto, ao lado de instalações para entretenimento, como o anfiteatro e o hipódromo.
De frente para o mar, o teatro tem milhares de lugares dispostos em uma estrutura semi-circular. Foi a primeira instalação romana cultural construída durante o reino de Herodes. O espaço foi restaurado e atualmente recebe apresentações musicais, com os antigos assentos sendo utilizados novamente.
Outra construção importante é o aqueduto, que fornecia o suprimento de água no local. Na época, já era considerado um projeto inovador, pois permitia que a água corresse das fontes até a cidade graças a ação da gravidade. Hoje, onde ficam suas ruínas, é comum ver turistas tomando sol e banho de mar.
O Parque de Antiguidades é um dos pontos turísticos mais visitados em Israel e é frequentado também por locais, que aproveitam as praias e os espaços públicos. Nas proximidades do antigo palácio há restaurantes, cafeterias, lojas e galerias de arte, que fornecem a estrutura para o visitante que quiser passar o dia por lá.
História
Entre os achados arqueológicos e históricos de Cesaréia está uma inscrição em pedra relativa a Pôncio Pilatos, o Procurador (governador) da Judéia entre os anos 26 e 36 d.C. – mais conhecido pela passagem em que delega ao povo a possibilidade de salvar ou não Jesus Cristo. A peça é importante por ser a única evidência arqueológica da existência desse personagem fora do Novo Testamento.
Cesaréia também foi cenário de um episódio bíblico. Foi ali que Simão Pedro compartilhou o evangelho com Cornélio, um centurião romano que se tornou o primeiro gentio, ou seja, um homem não-judeu a se converter ao cristianismo.
* A jornalista viajou a convite do Ministério do Turismo de Israel.
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