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Bar de gelo a -10°C é sensação em museu dos glaciares em El Calafate

Débora Costa e Silva

Do UOL, em El Calafate, na Argentina *

11/08/2014 07h10

Nada de chocolate quente: no Glaciobar, o melhor jeito de driblar o frio é beber um drinque, entrar no clima de festa e dançar. É o que faz maioria dos visitantes que vai ao bar de gelo de El Calafate – se não estão propriamente dançando, estão pelo menos se mexendo para aquecer o corpo. Bom, pelo bem ou pelo frio, todos acabam se divertindo e disputando espaço no balcão gelado para garantir o próximo shot.

A atração fica no andar subsolo do Glaciarium, um museu temático sobre os glaciares da Patagônia, rico em painéis e instalações. É recomendável ir para o bar ao final da visita para conseguir apreciar a exposição tranquilamente, sem a influência do álcool.

Na entrada, todos são orientados a guardar seus pertences em um armário e vestir uma capa prateada com capuz, que serve muito mais para criar um visual de esquimó futurista do que de fato proteger do frio. Mas nada de ficar com vergonha: todo mundo é obrigado a usar a indumentária, portanto você não será o único.

Ao som de música pop ou eletrônica, os visitantes vão circulando pelo bar, que é mesmo todo feito de gelo: esculturas, mesas, cadeiras, copos, além do próprio balcão onde fica o barman. Por não ser tão espaçoso, não há lugar para todos sentarem – quem consegue, geralmente permanece apenas o tempo de posar para uma foto e já levanta para não congelar.

No cardápio do Glaciobar, constam drinques feitos à base de Fernet, uísque, vodca, aguardente, cerveja Quilmes e pelo menos cinco opções de licores e refrigerante para quem não ingere álcool. Há a possibilidade de pagar um pacote de open bar por $ 100 pesos argentinos (cerca de R$ 30) – além dos $ 140 que todo turista maior de 18 anos paga para entrar.

Bar do gelo mantém visitantes a uma temperatura média de -10ºC - Débora Costa e Silva/UOL - Débora Costa e Silva/UOL
Bar do gelo mantém visitantes a uma temperatura média de -10ºC
Imagem: Débora Costa e Silva/UOL

O tempo de visita é a parte frustrante da história: são apenas 25 minutos de permanência. Mas acredite: é o suficiente - mais do que isso já tornaria o passeio cansativo por conta do frio. Talvez os esquimós consigam, mas nós brasileiros dificilmente dançaríamos e beberíamos o suficiente para esquentar o corpo em um lugar que está a -10°C.

Apesar de o bar do gelo ser uma das atrações mais inusitadas do complexo, não deixe de visitar a exposição principal. Se você é apaixonado por cenários impactantes como o da Patagônia vai gostar das explicações sobre os glaciares. Painéis, maquetes, fotos e vídeos mostram desde a formação de um floco de neve até o derretimento de algumas geleiras devido ao aquecimento global.

SERVIÇO

Funcionamento: Todos os dias, das 9h às 20h. De maio a agosto, das 11h às 19h.
Como chegar: O museu oferece um transfer que sai de hora em hora da Secretaria de Turismo da Província, em El Calafate, das 9h às 18h. Quem estiver de carro a partir de El Calafate pode seguir pela Avenida del Libertador Gral San Martín e pegar Ruta Provincial até o número 11. Fica a 15 minutos do centro da cidade.
Entrada: $ 160 pesos argentinos. Menos de 12 anos paga $ 80. Entrada do bar: $ 140; menores de 16 anos: $ 80; menores de 10: $ 50.
Mais informações: http://glaciarium.com/es/

* A jornalista viajou a convite do Inprotur (Instituto de Promoção Turística da Argentina)