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Frutos do mar e carne de porco têm forte presença nos pratos de Tenerife

Rafael Mosna

Do UOL, nas Ilhas Canárias

05/09/2014 07h00

A moderna Tenerife se assemelha a muitas outras cidades contemporâneas europeias, com várias de suas obras recentemente construídas. A maior praça, a Plaza de España, por exemplo, adquiriu sua atual aparência em 1929. Sua parte mais interessante, entretanto, se encontra no subsolo. O espaço público foi erguido sobre ruínas de um antigo castelo, que podem ser visitadas por um acesso de escadas bem sinalizado.

Uma simples vila no início de sua fundação, Tenerife tinha como produto principal para comércio o chicharro (carapau), peixe que pode chegar a 40 cm de comprimento. Ele ainda persiste na memória e no prato da população, seja pela escultura do animal na Plaza del Chicharro ou pela palavra “chicharrero”, nome pelo qual seus habitantes são informalmente chamados.

Por lá, muitos cresceram, se criaram e se educaram graças à captura do pescado. A Calle de la Noria, que abrigava simples casas de pescadores e ficou esquecida por anos, teve seus imóveis de fachadas coloridas recuperados e hoje é uma rua para pedestres. À noite nos fins de semana, as mesas de seus bares e restaurantes dispostas na calçada costumam ser concorridas.

Além do tal peixe, a gastronomia local privilegia também a sardinha, o polvo, o atum e a garoupa, entre outras especialidades menos comuns aos brasileiros. O uso da batata, do grão-de-bico e das lentilhas se nota em entradas ou tapas.

Espere também por pratos com carne de vaca e cabra (e seus queijos). O porco e embutidos como o “chorizo” também estão presentes. Na hora da sobremesa, o quesillo, que nada mais é do que a nossa receita de pudim de leite condensado com uma variação aqui ou ali, costuma ser servido em alguns restaurantes com chantilly. (Peça o creme ao lado ou dispense-o.)