Antiga capital goiana, cidade de Goiás tem ar histórico e festa tradicional
Entrar na cidade de Goiás é voltar no tempo, mais precisamente ao século 18. Cerca de 90% das construções em estilo barroco-colonial ainda preservam a arquitetura original.
Em 1727, o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva se apropriou das minas de ouro dos índios goiases, às margens do rio Vermelho, e fundou o Arraial de Sant'Ana, no sopé da Serra Dourada.
Anos depois, o arraial se tornou a Villa Boa de Goyás e, mais tarde, a região foi considerada cidade, ganhando seu atual nome.
Goiás abrigava a capital do estado até meados dos anos 1930. Com a passagem do centro administrativo para Goiânia, a cidade enfrentou períodos difíceis. Em 2001 ela foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade e, desde então, o turismo aumenta a cada ano.
História e belezas naturais encantam visitantes
Andando a pé pela cidade é possível visitar construções como o Museu das Bandeiras -- onde funcionou a antiga cadeia, o Palácio dos Arcos -- residência do governador da capitania, a Igreja do Rosário, o Museu de Arte Sacra, o Quartel do XX, a Casa do Bispo e o Chafariz da Boa Morte.
Entre as atrações, merece destaque a Casa de Cora Coralina, que fica bem ao lado da Ponte sobre o Rio Vermelho. Foi lá que nasceu a doceira que aprendeu datilografia aos 70 anos de idade, teve seu primeiro livro publicado aos 75 e tornou-se uma das maiores poetisas da língua portuguesa no século 20. Essa belíssima história está preservada no museu que foi criado após sua morte.
A sete quilômetros do centro histórico está a entrada para a Cachoeira das Andorinhas: uma bela queda, ideal para o banho. Já o Morro dos Lajes é cenário perfeito para curtir um belo pôr-do-sol.
Como as ruas são de pedras irregulares, um bom tênis e roupas leves são ideais para desbravar Goiás.
Farricocos
Na "quarta-feira de trevas", durante a Semana Santa, ocorre a Procissão do Fogaréu. As luzes da cidade se apagam e personagens encapuzados conhecidos como Farricocos saem em procissão carregando tochas e varas.
Esta tradição vem do início do século 18 e lembra muito as procissões realizadas na mesma época nas cidades espanholas de Toledo e Sevilha.
A festa simboliza a busca e prisão de Jesus. Os mais antigos acreditam que, nessa noite, demônios, lobisomem e mula-sem-cabeça perseguem as crianças. Toda essa atmosfera medieval harmoniza com os prédios coloniais e fazem desta manifestação cultural uma exclusividade da cidade de Goiás.
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