Da fundação à monumentos arquitetônicos, conheça roteiro histórico por Roma
Ainda que o clichê repita, há milênios, que todos os caminhos levam a Roma, não é raro que viajantes que chegam ao museu a céu aberto fiquem sem saber que rumo tomar diante de tantas rotas. Vá por nós: comece do princípio. Em pleno centro da capital italiana do século 21, resquícios remontam à fundação da Roma Antiga, em 753 a.C., e recontam sua trajetória. Conheça abaixo um roteiro histórico pela capital italiana.
Nessa viagem ao passado, decolemos primeiro para o Monte Palatino, uma das sete colinas da região e local onde acredita-se que Roma teria sido fundada, em 753 a.C., por um sujeito de nome Rômulo.
A lenda contada pelos guias que atuam nas ruínas do Palatino (que fica diante do Coliseu), coração turístico da cidade, diz que Rômulo e seu irmão gêmeo, Remo, teriam sido criados por uma loba. Os guias esclarecem, porém, que esta palavra também era usada para definir prostituta. Seja a mãe animal, seja humana, a história original seria manchada de qualquer forma pelo fato de, antes de fundar a cidade, Rômulo ter matado Remo.
Passaram-se sete séculos entre a liderança de Rômulo, os reinados etruscos e a ascensão de Roma no tempo de Júlio César — ditador que fez a passagem da república para o império e que morreu esfaqueado, em 44 a.C., por senadores. Dos primórdios da fundação, no século 8 a.C., o Palatino guarda muros originais, a cabana onde Remo e Rômulo cresceram e, no pé do morro, a gruta onde os gêmeos teriam sido aleitados pela misteriosa loba.
Entre o Palatino e o Monte Aventino está outro resquício pré-imperial: o Circus Maximus. Inaugurado no século 7 a.C., era uma arena onde 250 mil espectadores assistiam a corridas de bigas, uma das muitas influências dos gregos, cuja cultura ditava moda na época.
Além do belo mirante, o Monte Aventino esconde um segredo para ser descoberto à noite: a incrível vista que se tem da cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo buraco da fechadura do Priorato dei Cavalieri di Malta.
Onde fervia o umbigo do mundo
Entre o Palatino e o Monte Capitolino, hoje sede dos Museus Capitolinos, alastram-se relíquias arquitetônicas: o Fórum Romano, centro político, religioso e comercial de Roma. Pela Via Sacra desfilaram Júlio César e outros imperadores — a começar por Augusto (66 a.C. – 14 d.C.), herdeiro adotivo de César que ficou 44 anos no trono.
Tanto a casa de Augusto como a de Lívia, sua terceira esposa, podem ser visitadas no Palatino, embora os afrescos da morada de Lívia tenham ido para o museu Palazzo Massimo Alle Terme. Além dessa, outras construções do líder estão espalhadas pela cidade: o Ara Pacis, altar de 9 a.C.; as ruínas do belo Teatro de Marcello, de 11 a.C.; e o Panteão, de 27 a.C.
Foi na gestão de Augusto que nasceu Jesus Cristo, cujos seguidores foram perseguidos pelos imperadores seguintes, como o polêmico Nero (37 d.C. – 68 d.C.). Ainda que seja atribuído a ele o incêndio que destruiu Roma em 64 d.C., estudos recentes questionam o fato. Nero teria, ainda, mandado matar cristãos sob a acusação de terem iniciado o fogo. Enlouquecido, matou a mãe e se suicidou.
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