Veja seis dicas de passeios para fazer em Belém sem gastar um tostão
Certos destinos brasileiros se orgulham de seus monumentos e centros históricos, donos de respeitados títulos internacionais. Outros se exibem na forma de praias de águas cristalinas e faixas de areias brancas. Na capital do Pará, contudo, o maior orgulho dos locais fica bem no quintal de casa e atende pelo nome de Floresta Amazônica.
Seja nas áreas mais urbanas de Belém ou em alguma das 39 ilhas da região, o destino sempre tem como cenário a maior floresta tropical do planeta. No entanto, com uma região metropolitana que abriga cerca de dois milhões de habitantes, a cidade tem um quê de São Paulo. Algo que, de longe, lembra as outras capitais da região Norte, não tão atraentes. No entanto, Belém conta com uma população cuja simpatia compensa qualquer perrengue.
O trânsito local tem uma certa pressa paulistana, mas sempre com uma praça ou um parque para ajudar a relaxar; as distâncias entre as atrações não costumam ser cobertas com boa oferta de transporte público, mas os preços mais baixos praticados por ali ajudam no orçamento.
Seja qual for o seu roteiro, pode ter certeza que terá uma Amazônia inteira te esperando do lado de fora. “Nossa marca é a natureza e a meta é conscientizar o turismo na região como atividade econômica”, explica Adenauer Góes, atual secretário de turismo do Pará.
O UOL Viagem passou uma semana em Belém e separou algumas dicas para você economizar no destino. Confira as atrações:
Mangal das Garças
Inaugurado em 2005, em uma área de 40 mil m² do bairro Cidade Velha, esse belo parque abriga, aproximadamente, 55 espécies de aves como garças, marrecos e flamingos. Também guarda mostras da flora amazônica como açaizeiro, bacurizeiro e vitória-régia. O local abriga ainda uma plataforma que fica em uma torre de 47 metros, com vista 360º de Belém; e um borboletário de 1.350 m², considerado o maior da América do Sul. O destaque é a soltura diária de novas borboletas, às 10h.
Tem entrada gratuita, com direito a visitas guiadas sem custo extra apenas aos finais de semana, sendo melhor aproveitado no período da manhã, devido às chuvas vespertinas que nunca falham. Nessa espécie de Amazônia em miniatura, em plena cidade velha de Belém, o destaque fica para o pôr do sol, no rio Guamá. Saiba mais: www.mangaldasgarcas.com.br.
Mercado do Ver-o-Peso
Esse tradicional centro comercial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é uma espécie de síntese da Amazônia, com direito a calor infernal, dentro e fora dele. Tão variado quanto a maior floresta tropical do planeta, esse complexo de quase quatro séculos é uma introdução ao mundo amazônico, onde é possível encontrar carnes - no compacto mercado que funciona entre belas estruturas de ferro -, peixes - no Mercado de Ferro - , e uma infinidade de ervas e frutas exóticas nas barracas da área externa. Avenida Boulevard Castilho França, s/n (Bairro Cidade Velha), de 2ª a domingo, das 6h às 18h. Grátis.
Estação das Docas
Apesar dos preços praticados em alguns restaurantes locais nem sempre serem amigos dos viajantes com orçamento apertado, mas este é um dos atrativos de maior sucesso, em toda a capital do Pará, com mais de um milhão de visitantes por ano. Antigos armazéns do porto de Belém foram reformados para abrigar uma área de 32 mil m² com restaurantes, bares, artesanato e área de lazer com música ao vivo, cinema e teatro. Tudo isso no interior de três armazéns de ferro inglês, da segunda metade do século 19, bem em frente à baia do Guajará. Saiba mais: www.estacaodasdocas.com.br. / Grátis.
Complexo Turístico Feliz Lusitânia
O setor mais antigo de Belém abriga um quarteirão histórico onde se localizam construções como o Forte do Presépio, marco da fundação da cidade (grátis às terças); o museu de arte da Casa das 11 Janelas (grátis, às terças); e a impressionante Catedral Metropolitana de Belém, inaugurada em 1771 e conhecida por seus dez altares revistados de mármore.
Basílica Santuário de Nazaré
Erguido na segunda metade do século 19, esse templo católico é o destino final da emocionante romaria do Círio de Nazaré que acontece em Belém, no segundo domingo de outubro. De estilo neoclássico, a Basílica é formada por cinco naves divididas em 36 colunas de granito italiano, mais de 50 vitrais franceses e a imagem original de madeira de Nossa Senhora de Nazaré, encontrada no local, no século 18. Avenida Nazaré, 1300 – bairro Nazaré. Saiba mais: www.basilicadenazare.com.br / Grátis
Espaço São José Liberto
Considerado um dos pontos turísticos mais visitados de Belém, depois da Estação das Docas, esse centro cultural do bairro Jurunas, funciona no interior do Presídio São José, desativado em 1998. Ele abriga um centro de artesanato com representações artísticas de 12 regiões do Pará como Marajó e Tapajós, espaço para shows e o belo Museu de Gemas com cerca de 4 mil peças de trabalhos primitivos como a arte tapajônica em argila, os desenhos em baixo-relevo dos marajoaras, urnas funerárias de 2.500 ano. Destaque para o Jardim da Liberdade, espaço externo considerado o maior jardim gemológico do Brasil, onde fica um quartzo rosa de 8 toneladas e quase 2 metros de altura. Grátis às terças. Saiba mais: www.saojoseliberto.com.br
* O jornalista Eduardo Vessoni viajou a Belém com o apoio da Secretaria de Estado
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