Famosa pela alta gastronomia, Copenhague tem opções para todos os gostos
Para os amantes do comer bem e da alta gastronomia, Copenhague é um prato cheio. Tanto que o destino reúne 16 restaurantes premiados no tradicional guia "Michelin", sendo um deles com três estrelas (Geranium) e outros dois (Noma e AOC) com duas estrelas. Mas não é somente ali que o visitante encontra uma refeição saborosa.
Para início de conversa, se eu fosse você, não sairia de Copenhague sem almoçar no Slotskaelderen. Fundado em 1797, este é um lugar clássico servindo um prato clássico: o Smorrebrod. Embora a tradução da palavra seja literalmente pão com manteiga, esses ingredientes são apenas a base da receita.
Centenas de opções vão sobre a fatia do pão preto, saboroso e rico em fibras. As certeiras levam o peixe arenque (frito, marinado, cozido ou defumado – os dinamarqueses adoram o ingrediente e o preparam de todas as maneiras possíveis). Carne de porco à pururuca com repolho roxo e patê de fígado também não passam batido, além de salmão defumado.
No restaurante, o sistema funciona assim: uma grande mesa no canto do salão exibe o menu do dia, todo feito na casa. Também são várias opções com saladas, conservas e molhos, sempre servidos em uma louça branca da Royal Copenhage. Os valores costumam variar entre 65 (R$ 32**) a 145 coroas (R$ 71**). Se você for menos esfomeado, a dica é se contentar com apenas uma porção, pois elas são bem generosas.
Toque refinado
Se a ideia for seguir no tradicional, outro queridinho dos moradores locais é o Brd. Price, no parque Tivoli. O estabelecimento possui clássicos da cozinha nacional, mas trazidos com um toque refinado. Apesar do serviço um pouco lento, existe capricho na execução. É o caso do delicioso salmão defumado servido como entrada no menu de três pratos durante o jantar (395 coroas, ou R$ 194).
Apostando em um campo mais contemporâneo, o restaurante Vakst flerta com o novo, mas sem deixar de fora as raízes. Oferece um preço atrativo para os padrões de um país caro como a Dinamarca: jantar com petiscos, entrada (argolas de lula cozidas ao ponto, com molho de mexilhões), prato principal e sobremesa sai a 295 coroas (R$ 145**).
No combo, os “snacks” têm destaque. O rabanete defumado, de consistência praticamente crua, é crocante e picante. A sobremesa, garante a garçonete, serve para puxar a lembrança dos mimos da vovó: um bolinho quentinho com marzipã, que é bem gostoso.
Feirinha de rua
Foi o Noma, restaurante quatro vezes eleito como o melhor do mundo (2010, 2011, 2012 e 2014) no ranking da revista inglesa “Restaurant”, que trouxe o turismo gastronômico para Copenhague, antes impensável, e fez vários discípulos. Muitos deles não necessariamente reproduzem a “nova cozinha nórdica”.
Rosio Sanchez, ex-chef de confeitaria da renomada casa, resolveu se dedicar à tradicional comida mexicana, nacionalidade da qual é descendente e abriu o Hija de Sanchez, que está na Israel Plads, próxima à estação Norreport, onde há uma variedade grande de barracas servindo comida, petiscos, doces e bebidas.
A especialidade de Rosio são os tacos feitos em tortilla de fabricação própria. Existem três opções por dia, caprichadas no tempero e bem feitas, mas pequenas. É preciso, pelo menos, pedir o combo de três tacos por 100 coroas (R$ 49** –a porção individual custa 35 coroas; R$ 17**). Como sobremesa, dois sabores de paletas estão disponíveis por dia (40 coroas; R$ 20** cada uma).
Outro local focado em comida de rua na cidade fica na ilha de Papiroen e é um grande galpão com um total de 35 barracas, “food trucks” e contêineres. Há mesas ao ar livre, com botes passando logo à frente, e vista para a Opera House, o The Royal Playhouse e o porto de Copenhague.
Matando a sede
Cidade natal da cervejaria Mikkeller, Copenhague é um prato cheio para quem procura cervejas gostosas. A própria empresa possui, só ela, dez lugares na cidade. Alguns são travestidos de restaurante, outros mais focados em venda e, é claro, também existem os bares para sentar e escolher um chope entre as várias torneiras.
No bairro de Norrebro, vale passar no misto de loja/cervejaria/bar/restaurante Brus. Lá, além de cervejas próprias e de outras partes da Dinamarca, há opções de coquetéis, com destaque para a tônica de fabricação própria. Para comer, melhor dividir o prato de petiscos, que inclui costelinhas e bochecha de porco, croquetes e kimchi (condimento feito com acelga).
Próximo dali, a Norrebro Bryghus produz cerveja de boa qualidade em pequena escala e costuma ter até dez diferentes tipos todos os dias. O primeiro andar se dedica ao restaurante, mas é no porão que fica o bar. A harmonização da bebida com a comida também é um dos fortes do local.
E não deixe a noite terminar por ali. Estique até o Kind of Blue, bar em um clima blues e bossa nova, na mesma rua, a 150m de distância. Coquetéis e duas cervejas em chope, além de vários rótulos em garrafa, estão disponíveis.
Como chegar
Desde 2001, brasileiros são isentos de visto para entrar na Dinamarca. Copenhague é servida pelo Aeroporto Internacional Kastrup (www.cph.dk), que recebe uma série de companhias aéreas, inclusive as de baixo custo. A melhor época para visitar é no final da primavera, verão e início de outono.
* O jornalista viajou com o apoio do Visit Denmark.
** Preços pesquisados em junho de 2016. Valores convertidos em 21/09/2016.
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