Apresentadores contam os apertos vividos durante as gravações dos programas
Do UOL, em São Paulo
28/09/2015 19h00
Uma viagem sempre pode ter contratempos e o roteiro não sair como esperado. Nem mesmo as exibidas em programas de TV estão a salvo! Por trás de cada cena, há desafios que foram superados pela equipe de produção. Mas alguns imprevistos tornam-se boas histórias para contar. Confira algumas delas narradas pelos apresentadores.
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Imagem: Luiza Campos Imagem: Luiza Campos Sem banho em alto mar
"Acredite se quiser, eu e minha equipe já ficamos 11 dias sem tomar banho de água doce, durante uma aventura em Mianmar, na Ásia. Tomávamos banho no mar e escovávamos o dente com água salgada. Foram todos esses dias sem lavar o cabelo e sem pegar em um sabonete. Isso porque toda a água doce que tínhamos (pouca, por sinal) era para beber. Viajamos em um barco, pulando de ilha em ilha, com uma tripulação que não entendia uma palavra do que dizíamos. A comunicação era toda feita por mímica. E sem banho!" Mariana Goldfarb, apresentadora do Ilhas Paradisíacas, do Canal Off.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Terrorista por acaso
"Eu e meu cinegrafista estávamos no aeroporto internacional de Roma, onde havíamos acabado de fazer uma matéria, e esperávamos pelo embarque para Milão. Com alguns voos atrasados, entramos na fila do check-in. Era um corre-corre frenético e me senti aliviado quando sentei em minha poltrona, já na aeronave. Uns conversando com outros, todos comentavam sobre a euforia que havíamos passado instantes atrás. De repente, uma voz mais alta que a dos demais anuncia: 'Senhores passageiros, sejam bem-vindos. A previsão para chegada em Gênova...'. Bastou para que eu começasse a gritar para meu acompanhante pegar a câmera e cairmos fora do avião. Era o voo errado! Alguns passageiros deixavam seus lugares, com os olhos arregalados. Enfim, desembarcamos e, ao olharmos para trás, umas quarenta pessoas nos seguiam desesperadamente! Quando nos demos conta, alguém da multidão soltou um grito em inglês que dizia mais ou menos assim: '...E A BOMBA DEVE ESTAR NO AVIÃO'. Foi um caos". Márcio Moraes, apresentador do programa Companhia de Viagem, da RedeTV!.
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Imagem: Arquivo Pessoal Imagem: Arquivo Pessoal Mensagens trocadas
"Uma vez rolou uma superconfusão em uma viagem à Chapada Diamantina. Chegamos lá, na cidade de Lençóis, e o nosso carro não estava no aeroporto esperando, como combinado. O transporte era de uma marca patrocinadora do programa e dependíamos deles para a gravação de várias cenas. Quando ligamos para o motorista, descobrimos que ele estava nos esperando em Lençóis Maranhenses! Imagina o desespero que bateu na hora! Ele levou uns dois dias para chegar à Chapada Diamantina". Gabriela Pinazo, apresentadora do programa Sem Destino, do Multishow.
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Imagem: Arquivo Pessoal Imagem: Arquivo Pessoal Desventuras pelo mundo
"Na segunda temporada do programa, perdi duas vezes a mala. Na primeira vez, demorei quase dois meses para encontrar! Também já tive que fazer uma visitinha rápida ao hospital de Miami, por conta de um acidente causado por um jetpack - um propulsor a jato usado dentro da água. Precisei até levar pontos no braço. Outra vez, em Paris, no dia em que estávamos indo embora, pegamos uma greve que paralisou todos os metrôs e ônibus da cidade. Por isso, o trajeto que normalmente demoraria 45 minutos foi feito em sete horas e meia", Titi Müller, apresentadora do programa Anota Aí, do Multishow.
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Imagem: Arquivo Pessoal Imagem: Arquivo Pessoal Erro de cálculo
"Quando estava no Amazonas, eu e minha equipe subimos o Rio Solimões para conhecer a cidade de Tonantins. A informação passada pela nossa guia de viagem é que, partindo de Manaus, a viagem duraria dez horas, em uma lancha rápida. Mas, depois de embarcar, descobrimos que o trajeto seria percorrido em 25 horas! Paramos em várias cidades do Rio Solimões, até chegar ao destino. Em outra viagem, pegamos uma tempestade bem no meio de uma represa gigantesca, na divisa do Mato Grosso do Sul com São Paulo. Foram quase duas horas até chegar à margem, com o piloto dizendo que o barco poderia virar a qualquer momento. Dessa vez, eu, o cinegrafista e o assistente de produção achamos que não sairíamos vivos da aventura". Ruy Façanario, apresentador do programa Planeta Turismo, da TV Gazeta.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Confinados na Índia
"Em uma viagem à Índia, uma das produtoras esqueceu de levar nossos comprovantes de vacinação de febre amarela, obrigatórios para entrar no país. Quando chegamos lá, fomos barrados. O oficial nos deu duas opções: ou seríamos deportados ou ficaríamos em 'quarentena' durante uma semana para tomar a vacina. Optamos pela segunda opção. Fomos para o hospital, que era uma espécie de prisão, de onde não podíamos sair. Passamos três dias confinados, jogando pingue-pongue,esperando que as nossas carteirinhas chegassem e o consulado brasileiro tirasse a gente de lá". Rodrigo Ruas, apresentador do programa Viagem Cultural, da RedeTV!.
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Barraco no aeroporto
"Na primeira temporada do programa, perderam minha mochila durante um voo para as Filipinas. Fiquei quatro dias tentando recuperar minha companheira de viagem. E eu viajo sozinho, sou produtor e câmera do meu programa. O assunto só foi resolvido quando eu fiz um barraco no aeroporto! No final, foi mais uma história engraçada para contar e muita gente se sentiu vingada com a minha cena. Afinal, esse é um problema irritante que muitos turistas já enfrentaram". Daniel Thompson, apresentador do programa O Mochileiro, da TV Gazeta.
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Imagem: Seblen Mantovani/Canal OFF Imagem: Seblen Mantovani/Canal OFF Teto que se mexe
"No Marrocos, fui escalar uma grande montanha que fica próxima a um pequeno vilarejo conhecido como Taghia Gorge. Durante uma semana, hospedei-me na casa de moradores locais e dormi sobre insetos que nunca havia visto antes. Não que isso fosse um problema para quem está acostumado a dormir no chão ou em algum platô no meio da montanha. Mas, além dos insetos rasteiros, toda noite eu era contemplado com centenas de moscas pousadas no teto do quarto. O efeito delas se mexendo dava a impressão de que o teto estava vivo. Em uma das noites tentei espantá-las com travesseiros, mas perdi a batalha. Eram tantas, que me colocaram para correr do quarto". Bernardo Biê, apresentador do programa Montanhistas, do Canal Off.