De tarântulas a roedores: veja onde provar receitas exóticas pelo mundo
Do UOL
15/02/2017 04h15
Muitas nações cultivam receitas que, aos olhos dos brasileiros, podem parecer exóticas, cruéis e até nojentas. Em uma jornada ao Peru, por exemplo, espere encontrar restaurantes servindo, além do delicioso ceviche, generosas porções de "cuys" --roedores que chegam à mesa fritos e com sua anatomia ainda perfeitamente identificável.
Já na civilizada Noruega, muita gente come carne de baleia (às vezes, até crua). E no Uruguai, não se espante se você encontrar tripas e testículos assados, dividindo uma grelha com os suculentos bifes locais. Abaixo, veja países que oferecem algumas porções bem exóticas.
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Taco de miolo no México
É impossível não vivenciar uma experiência de imersão gastronômica em uma viagem ao México: o país latino-americano curte sua riquíssima cultura culinária com intensidade, seja em restaurantes luxuosos de Cancún ou em barraquinhas de comida encontradas em quase todas as ruas da Cidade do México. Nestas tendas, são vendidos os famosos tacos, geralmente cobertos com carne de vaca ou frango, coentro e muita pimenta. Os clientes, porém, podem pedir a versão que vem com pedaços de cérebro de vaca. Os miolos são picadinhos e fritos em uma chapa, para depois serem jogados em cima da massa arredondada de milho. Os nativos comem com voracidade e adoram.
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Roedor frito no Peru
O Peru é dono de uma culinária extremamente sofisticada, que tem conquistado cada vez mais o coração dos brasileiros. Em uma viagem pelo país andino, porém, é possível provar algumas receitas exóticas que ainda não se popularizaram por aqui. Uma delas é o "cuy", um porquinho-da-índia consumido no que são hoje terras peruanas desde o tempo dos incas e que, atualmente, é servido em restaurantes, festas e barracas de rua. O animal chega frito e ainda com sua anatomia reconhecível, com seus dentinhos de roedor apontados para o cliente. Por passar muito tempo no fogo, ele fica bem crocante (às vezes até duro demais), mas não há muita carne para ser saboreada. Outra iguaria comum no Peru é o coração de vaca, vendido em fatias e acompanhado por um delicioso molho feito com amendoim.
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Carne de cavalo na Itália
Durante uma viagem à Itália, não se surpreenda se, entre um prato de macarrão e outro, algum garçom lhe oferecer carne de cavalo. A iguaria é consumida no país da bota, com grande popularidade na cidade de Catânia, na ilha da Sicília. Ela é geralmente servida em formato de bife ou almôndega e tem um sabor bem forte. Muitos italianos irão dizer que não se trata de crueldade com os simpáticos equinos. Pelo contrário: é um ingrediente de alimentação com altos índices de proteína e que, para eles, faz muito bem para a saúde. Na foto, um prato de carne de cavalo acompanhado de polenta.
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Enguia frita no Japão
Não pense que, em uma viagem gastronômica ao Japão, você só encontrará as receitas presentes nos cardápios dos restaurantes nipônicos que se espalham pelo Brasil. Na Terra do Sol Nascente, há iguarias das quais muitos brasileiros jamais ouviram falar. Uma delas é a famosa "unagui", carne de enguia de água doce muito consumida pelos japoneses. A receita é servida em fatias e, de textura macia, pode fazer um viajante desavisado pensar que está mastigando algum tipo de peixe exótico. A cidade de Hamamatsu é conhecida por ter alguns dos restaurantes que fazem os melhores "unaguis" do Japão.
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Carne de baleia na Noruega
A caça a baleias é permitida na Noruega e a carne do mamífero marinho pode ser encontrada em diversos restaurantes do país nórdico (principalmente em regiões de alta tradição pesqueira, como as ilhas Lofoten). Em grande parte das vezes, a iguaria é servida em corte parecido ao do carpaccio ou em ensopados, e chama a atenção por sua coloração escura e forte sabor. Algumas pessoas, por sua vez, degustam a carne da baleia no estilo do sashimi: crua e temperando-a até com molho shoyu, como pode ser visto na foto acima.
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Tarântula no Camboja
Uma viagem pelo Sudeste Asiático colocará o turista brasileiro em contato com algumas das receitas culinárias mais originais que ele já terá visto na vida. Uma delas é a tarântula frita, vendida por ambulantes e em restaurantes de várias cidades do Camboja (incluindo a capital, Phnom Penh). O bichão chega frito e com sua assustadora forma quase que intacta. Os locais vão comendo patinha por patinha, todas crocantes e geralmente temperadas com um molho levemente adocicado. Não são todos os turistas, porém, que têm estômago para vivenciar esta experiência.
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Insetos fritos na Tailândia
A Tailândia é outro país do Sudeste Asiático que usa insetos e aracnídeos como comida de humanos. Em Bangcoc, nos arredores da rua Khao San Road (um dos principais centros de hotéis de baixo custo e baladas da cidade), é possível encontrar barraquinhas vendendo grilos, gafanhotos e até besouros fritos. Trata-se de uma espécie de atração turística local: os viajantes se reúnem em volta dessas tendas para fazer selfies, enquanto levam um gafanhotinho queimado à boca.
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Sopa de pênis de touro na Bolívia
O "caldo de cardán" é uma sopa feita com pênis e testículos de touro consumida na Bolívia. Não é um prato muito fácil de ser encontrado em restaurantes do país andino nem muito preparado dentro das residências bolivianas. Com sabor forte e extremamente pesado para o estômago, pode ser achado em bairros operários de La Paz e custa poucos reais. Sua popularidade tampouco é muito alta: fale para um boliviano que você quer tomar "caldo de cardán" e é provável que seu interlocutor torça o nariz. Há pessoas, entretanto, que têm a receita em alta consideração. Muitos creem que a sopa de testículo de touro pode transformar o homem em uma fera na cama.
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Tripa frita no Uruguai e na Argentina
Carnívoros que viajam à Argentina e ao Uruguai costumam se deliciar com os suculentos cortes de carne bovina servidos nos restaurantes de Buenos Aires, no famoso Mercado de Puerto de Montevidéu e alhures. Porém, além das deliciosas receitas como o bife ancho e o bife de chorizo, o turista pode encontrar nas churrascarias dos dois países iguarias como "chinchulines" (tripa assada, na foto), "morcillas" (chouriço feito com sangue) e a famosa "ubre" (teta da vaca). Os "chinchulines" têm um sabor intenso de gordura, enquanto a "ubre" é macia e, para muitos, extremamente saborosa.