Passear de barco, ver Budas e visitar templos são opções para fugir do caos de Bancoc
O calor. O trânsito. As multidões. Esses são os temas mais comentados quando você diz que vai a Bancoc, capital da Tailândia. Tudo isso é verdade, é claro, particularmente a parte sobre o trânsito, como você descobrirá se não optar pelo eficiente sistema de transporte coletivo da cidade e se ver preso em uma viagem de táxi de uma hora para cobrir uma distância que, em um mapa, parece não levar mais do que 10 minutos. Mas há redutos surpreendentes de tranqüilidade nesta cidade de quase 9 milhões de habitantes -complexos de templos cobertos de verde, bairros graciosos, restaurantes convidativos- que oferecem uma chance de descanso momentâneo ou rejuvenescimento antes de retornar ao caos impressionante que é Bancoc.
Sexta-feira
17h30 - Drinques ao pôr-do-sol
O rio Chao Phraya, com suas constantes balsas, táxis aquáticos, barcos tradicionais longos e cargueiros, é um dos cenários mais atraentes de Bancoc, e talvez não haja melhor lugar para apreciar seus encantos do que o bar no terraço do hotel Oriental. Peça um Singapore Sling -se não lá, onde mais?- enquanto observa esta procissão deslizando pelas águas. Parada da balsa: Oriental (N1).
20h - Eat Me
A cena de arte contemporânea tailandesa não gerou a mesma badalação que a da China ou do Vietnã, mas é possível obter um vislumbre rápido do que os artistas locais estão fazendo no Eat Me (1/6 Soi Pipat 2; 66-2-238-0931; www.eatmerestaurant.com). Esse restaurante chique e bacana, com mesas no elegante salão de jantar e no convidativo jardim ao ar livre, conta com exposições rotativas de artistas locais, freqüentemente em conjunto com a respeitada H Gallery, na vizinha Sathorn Soi. Entre os pratos recentes estavam camarões com capim-limão, creme de coco e folhas de bétel (260 bahts, ou cerca de US$ 8 com o dólar cotado a 33,5 bahts), frango grelhado defumado em chá com berinjela e molho de tamarindo (590 bahts) e uma sobremesa de frutas em conserva, picantes, com sorvete de gengibre (280 bahts). Parada do Skytrain (metrô elevado): Sala Daeng.
23h - O infame Patpong
Desleixado, até mesmo ofensivo, mas ainda assim digno de ser visto, é o distrito da luz vermelha de Patpong (e seu par gay próximo, Soi Pratuchai), no bairro de Silom. Você precisará usar táticas violentas para manter os aproveitadores à distância -mascateando de tudo, de clubes de strip-tease até "DVDs sensuais"- mas Patpong é um local inegavelmente animado que lhe dará um vislumbre desta instituição econômica incansável, praticamente inalterada desde que foi registrada em "O Franco-Atirador". Parada do Skytrain: Sala Daeng.
Sábado
10h - Retratos dos poderosos
A Galeria Nacional (4 Chao-fa Road, 66-2-281-2224; www.thailandmuseum.com) é um ótimo lugar para um curso intensivo em arte tradicional tailandesa, incluindo pinturas budistas antigas e vários pertences das coleções pessoais do rei Rama 9 e rei Rama 6. Um destaque: um retrato festivo de uma cerimônia real de cremação, por volta de 1887. Um artista popular é o pintor de retratos Chamras Khietkong, que parecia especializado em retratos lisonjeiros da aristocracia. O museu conta com ar-condicionado, o que vale o ingresso de 30 bahts em um dia quente de Bancoc -o que significa todos eles. Parada da balsa: Phra Arthit (N13).
11h30 - O Grande Palácio
Siga as hordas de turistas marchando na direção do Grande Palácio (Thanon Na Phra Lan), uma parada inevitável no itinerário de Bancoc. Este complexo assustadoramente imenso data de 1782 e abriga a residência real, várias capelas e galerias. O grande atrativo é o Buda Esmeralda (que, apesar de seu nome, é na verdade feito de jade), um dos tesouros mais venerados em toda a Tailândia. É exigida vestimenta apropriada (é proibido vestir bermuda e camisetas sem manga). Ingresso: 250 bahts. Parada da balsa: Tha Chang (N9).
13h - Almoço no rio
A uma curta caminhada do Grande Palácio fica um local agradável para almoçar, o S&P., no Maharaj Pier Building (1º andar, Maharaj Road; 66-2-222-7026), parte de uma apreciada rede local. Os pratos habilmente preparados incluem perca-do-mar, caranguejo de casca mole e deliciosas bebidas de frutas frescas. O almoço para dois sai por cerca de 1.000 bahts. Parada da balsa: Maharaj.
14h - Deslizando pela cidade
Para uma melhor vista de Bancoc, faça um passeio em um dos barcos longos que navegam pelo Chao Phraya e seus vários afluentes. Ao passar pelas tradicionais casas de palafitas ou velejar em meio a um dos mercados flutuantes, você terá uma senso mais rápido dos ritmos e tradições da cidade. É possível alugar um barco em várias paradas ao longo do rio, incluindo a ponto Tha Chang da balsa. Espere pagar cerca de 100 bahts por pessoa.
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16h - Um conto de dois wats
Há dezenas de wats (templos) na cidade, mas talvez a melhor opção de visita seja a Wat Pho e Wat Arun. É possível facilmente passar um dia inteiro perambulando pelo amplo complexo do templo de Wat Pho, ao largo da Thanon Thai Wang (ingresso: 20 bahts), admirando o impressionante trabalho em azulejos e os jardins belamente cuidados. Não é exatamente um local tranqüilo -você passará grande parte do tempo se movendo entre grupos de turistas japoneses, crianças tailandesas em passeio escolar e visitantes de todo o mundo empunhando câmeras- mas a visita vale a pena devido ao famoso Buda Reclinado -Impressionante! Tome o barco de transporte coletivo (3,50 bahts) para atravessar o rio até Wat Arun, uma versão reduzida de Angor Wat, com sua própria subida vertiginosa até o topo (ingresso: 20 bahts). Parada de balsa: Tha Tien (N8).
18h30 - Drinques entre as estrelas
Os visitantes com medo de altura podem querer evitar uma visita ao Vertigo Grill and Moon Bar, o apropriadamente batizado bar no alto do hotel Banyan Tree (21/100 South Sathorn Road; 66-2-679-1200; www.bangkok.com/banyantree). Mas outros ficarão deslumbrados com as vistas incomparáveis do mirante a céu aberto, situada a 61 andares acima da ampla metrópole de Bancoc. Evite gritar "Não pule!" enquanto outros clientes se reclinam por sobre o gradil para espiar a cidade abaixo, e em vez disso peça outro martini gelado para acalmar seus nervos. Parada do Skytrain: Sala Daeng.
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20h - Jantar com sexo seguro
Não é todo restaurante que recebe você com uma árvore de Natal fora de época decorada com camisinhas coloridas e depois lhe oferece mais camisinhas na saída. Mas até aí, nem todo restaurante combina culinária tailandesa com educação sobre sexo seguro. Isto praticamente resume o Cabbages and Condoms (10 Sukhumvit Soi 12; 66-2-229-4610), um local animado que serve especialidades locais simples, mas bem preparadas (frango frito envolto em folha de pandano; garoupa agridoce), em um ambiente decididamente excêntrico. O jantar para dois, com vinho, não deve custar mais que cerca de 1.600 bahts. Parada do Skytrain: Nana.
Domingo
10h - Caminhada matinal
Comece o dia com uma caminhada pela arborizada Soi Rambuttri, uma alternativa um tanto bucólica à Kho San Road, repleta de turistas. Tome um suco de laranja espremido na hora em um dos muitos ambulantes, compre adereços entre o emaranhado de ruas estreitas e, então, encerre sua manhã com um tranqüilo passeio de balsa pelo Chao Phraya, observando a cidade despertar. Parada da balsa: Phra Arthit (N13).
12h30 - Desaparecido, mas não esquecido
A prova A do poder sedutor de Bancoc é a Casa de Jim Thompson (6 Soi Kasemsan 2; 66-2-216-7368; www.jimthompsonhouse.com). Este complexo habilmente projetado de seis prédios de teca é o antigo lar de um arquiteto americano, que se tornou agente da inteligência enviado para a capital tailandesa nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, para onde se mudou permanentemente. Thompson desapareceu nas florestas da Malásia em 1967, mas sua casa permanece um monumento à arquitetura tradicional tailandesa. O ingresso custa 100 bahts. Depois, almoce no adorável restaurante à beira do rio, onde os pratos incluem refrescantes saladas tailandesas (120 a 180 bahts). Parada do Skytrain: National Stadium (estádio nacional).
Informações básicas
O segredo para circular em Bancoc vem de duas coisas: água e céu. Entre o eficiente (e incrivelmente barato) sistema de balsas que navegam no Chao Phraya, com bandeiras coloridas designando paradas locais e expressas, e o igualmente eficiente -e quase tão barato- Skytrain, é possível chegar a quase qualquer lugar que quiser sem ficar preso em um táxi. De fato, uma boa regra para visitar Bancoc pode ser esta: se não puder chegar por barco ou trem, não vá.
Como lutadores de boxe se enfrentando no ringue, o Peninsula (333 Charoennakorn Road, 66-2-861-2888; bangkok.peninsula.com) e o Oriental (48 Oriental Avenue; 66-2-659-9000; www.mandarinoriental.com/bangkok), estão situados em margens opostas do Chao Phraya, se encarando cautelosamente. O Oriental tem a história ao seu lado, assim como um serviço soberbo e vistas adoráveis. O Peninsula conta com uma clientela mais descolada, uma piscina mais animada e vistas amplas da cidade. Vamos declarar um empate. As diárias custam a partir de US$ 289 para o Oriental e 12 mil bahts (cerca de US$ 358, com o dólar cotado a 33,50 bahts) para o Peninsula.
O Metropolitan (27 South Sathorn Road; 66-2-625-3322; www.metropolitan.como.bz), parte do império de hotéis butiques de Christina Ong, é um oásis de ambiente urbano chique no movimentado bairro de Silom. O elegante restaurante Cy'an (com várias mesas com vista para a convidativa piscina do hotel) é um ponto de encontro popular para os belos e jovens. As diárias custam a partir de US$ 250.
Igualmente encantador, mas consideravelmente mais barato, é o Old Bangkok Inn (607 Pra Sumen Road; 66-2-629-1787; www.oldbangkokinn.com), que conta com 10 quartos e casa o estilo tradicional tailandês com as conveniências do século 21, como PCs no quarto com acesso de alta velocidade à Internet. Diárias a partir de US$ 97.
Tradução: George El Khouri Andolfato
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