Topo

Estrangeiros impulsionam o turismo na Cidade do Panamá

EMILY FIFFER

New York Times Syndicate

13/02/2011 08h41

Em uma manhã úmida na Cidade do Panamá, três americanos, dois suecos, dois portugueses, dois irlandeses e três israelenses estavam sentados juntos para o café da manhã. O mesmo interesse unia o grupo diverso: panquecas de graça, uma gentileza padrão no Luna’s Castle Hostel, no distrito histórico da cidade.

A refeição de inspiração americana, juntamente com a clientela internacional que atrai, é típica da crescente presença multicultural neste país, que está atraindo tanto turistas quanto empreendedores estrangeiros - incluindo os três americanos que dirigem um mini-império de albergues no Panamá, que inclui o Luna’s. Encorajadas pelos custos baixos, acesso fácil a produtos importados e o poder de um forte boca-a-boca, novas empresas fundadas por americanos estão abrindo por toda a cidade.

O Luna’s Castle Hostel (Calle 9na Este 3-28; 507-262-1540; lunascastlehostel.com), que abriu no final de 2008, é uma delas. Margeado por fachadas régias decrépitas e residências coloridas, com uma vista imaculada do oceano, ele zune como a máquina bem lubrificada que é. Os três proprietários originais - Daniel Smetana, Daniel Saxe e David Harmatz, todos com quase 30 anos - moraram na América Central por quase seis anos. Sob a administração atenta deles, o Mondo Taitu Hostel em Bocas del Toro, além da costa caribenha do Panamá, ganhou um status cult entre mochileiros (eles recentemente venderam o albergue para um grupo de americanos na faixa dos 20 anos, mantendo o elo americano).

  • Tito Herrera/The New York Times

    O Mondo Taitu Hostel em Bocas del Toro, além da costa caribenha do Panamá, ganhou um status cult entre mochileiros


“Um albergue é um lar longe do lar”, disse Smetana. E, de fato, o Luna’s oferece confortos como cinema, uma mesa de pingue-pongue e panqueca de graça no café da manhã. Ele abriu recentemente um bar, o Relic, que se transformou rapidamente em um ímã de viajantes e panamenhos.

No distrito de El Cangrejo da Cidade do Panamá, John Hurst, um americano natural do Arkansas, oferece um sabor diferente dos Estados Unidos. Sua loja, o New York Bagel Cafe (Einstein Plaza, Calle F; 507-390-6051), sacia a maioria dos desejos por carboidratos dos estrangeiros desde 2006, com bagels recém assados, bacon, ovos e copos sem fundo de café. “O Panamá é um local chave caso você queira abrir uma empresa semelhante às dos Estados Unidos, porque é possível receber muitos produtos importados” pelo Canal do Panamá, disse Hurst.

A facilidade de importação também foi importante para Armon DeMarco. O chef de doces de 32 anos, natural da Pensilvânia, é dono da Chocolatisimo (Calle 56 Y Avenue Abel Bravo; 507-391-3255; mychocolatisimo.com), uma doceria da capital. DeMarco importa todos os seus produtos, que inclui nozes, frutas secas, ingredientes para massas e chocolate belga. Ele então transforma tudo isso em pretzels cobertos com chocolate, maçãs banhadas em chocolate e trufas.

“Os panamenhos adoram os sabores americanos”, ele disse, “e estou introduzindo coisas que eles nunca tiveram”.

Blayne Ladner, 34 anos, que se mudou do Mississippi para a Cidade do Panamá em 2006, após perder tudo com o furacão Katrina, também está tirando proveito de todos os importados que pode encontrar. Seu Super Gourmet (Avenida A, entre a Calle 6 e 7; 507-212-3487; supergourmetcascoviejo.com) é uma delicatessen e mercearia que estoca itens difíceis de encontrar, como marmelada francesa, prosciutto, cereais orgânicos e arroz para sushi, além de servir sopas caseiras, sanduíches e chope Balboa local para sua clientela leal.

“As pessoas no Panamá conhecem minha história e desejam que eu seja bem-sucedido”, ele disse. “Eu faço parte da comunidade. O Panamá tem sido bom para mim.”