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Dez restaurantes que valem a pena uma viagem de avião

GISELA WILLIAMS

New York Times Syndicate

18/04/2011 08h03

Desde novas opções por chefs conhecidos até inaugurações mais modestas em locais fora do caminho batido, aqui estão dez restaurantes de vários lugares do mundo para ficar de olho em 2011, em ordem alfabética.
 


Aponiente

El Puerto de Santa María, Espanha
No mundo exclusivo dos chefs de ponta dos Estados Unidos e Europa, Ángel León adquiriu respeito por meio de trabalho árduo. Seu restaurante com 22 lugares, o Aponiente, que abriu em 2005 em um pequeno vilarejo portuário no sul da Espanha, é especializado em peixes e frutos do mar sustentáveis; ele recebeu uma estrela Michelin no ano passado. León, 33 anos, é um chef insaciavelmente curioso e inventivo que está sempre tentando inventar técnicas com produtos tradicionais - usando ingredientes incomuns (para dizer o mínimo), como olhos de peixe (para engrossar o molho) e plâncton.
 


  • Thor Swift/The New York Times

    Prato do Benu, em San Francisco.

Benu

San Francisco, Estados Unidos
Não muito após Corey Lee, o chef prodígio de Thomas Keller no The French Laundry, ter partido para abrir seu próprio restaurante, os críticos de restaurantes de San Francisco aguardaram famintamente pela estreia do Benu, que finalmente abriu em agosto. Apesar das expectativas e preços elevados (o cardápio com 12 pratos custa US$ 160), a resposta foi impressionante. Michael Bauer, o crítico de restaurantes do “The San Francisco Chronicle”, concedeu recentemente ao chef três estrelas e meia e destacou um “cardápio belamente elaborado, que busca inspiração no Oriente”.
 


Dinner by Heston Blumenthal

Londres, Inglaterra
O altamente respeitado chef britânico Heston Blumenthal, ganhador de três estrelas Michelin em seu restaurante Fat Duck, tem pesquisado receitas britânicas que remontam até o século 14. Elas servem de inspiração para seu novo restaurante muito aguardado, o Dinner by Heston Blumenthal, que abriu no hotel Mandarin Oriental de Londres no final de janeiro. Enquanto jantam pratos como cavala defumada com feno acompanhada de salada de limão e relish de anchova, os clientes poderão ver a cozinha por meio de uma parede de vidro do chão ao teto, e assistir seu moderno sistema de polias de aço inoxidável, baseado em um projeto do século 16 para as cozinhas da Corte Real Britânica.
 


  • Evan Sung/The New York Times

    Interior do M. Wells em Long Island City

M. Wells

Long Island City, Nova York, Estados Unidos
Se por acaso ocorrer um aumento no número de passageiros no trem 7 para o Queens, poderá ser graças ao boca-a-boca causado por este restaurante-lanchonete adaptado, supervisionado por Hughe Dufour, o ex-chef do Au Pied de Cochon em Montreal, e sua esposa, Sarah Obraitis. Quando ele abriu em julho, o M. Wells servia apenas café da manhã; ele agora abre das 10h às 16h, com a intenção de abrir para o jantar assim que a licença para venda de bebidas alcoólicas for obtida. Por ora, o cardápio é uma celebração glutinosa de Montreal e de pratos e ingredientes americanos, como língua de porco em conserva, escargots e tutano, além de um sanduíche de café da manhã muito apreciado.
 


Mirazur

Menton, França
No ano passado, a popular e muito respeitada blogueira de restaurantes Pim Techamuanvivit, seguindo a recomendação se um amigo, foi atrás deste restaurante em um vilarejo da Riviera Francesa. Mauro Colagreco, o chef argentino do Mirazur, trabalhou no aclamado L’Arpège de Paris, de modo que não causa surpresa ele cultivar algumas das verduras e legumes do restaurante no local. Em 2009, ele foi nomeado Chef do Ano pelo guia “Gault-Millau”, se transformando no primeiro chef não-francês a receber o título. Techamuanvivit se empolgou em seu blog sobre sua refeição lá: “Eu ainda sonho com o camarão impossivelmente doce, envolto em tiras de aspargos frescos, borragem, alho e um azeite de oliva liguriano amanteigado”,
 


Momofuku

Sydney, Austrália
Em poucos anos, o chef David Chang se transformou em uma grande força na cena de Nova York, ao expandir seu império Momofuku para incluir cinco restaurantes. Então começaram as fofocas nos círculos gourmets quando ele anunciou recentemente que abriria seu primeiro restaurante fora de Nova York: uma filial do Momofuku no cassino Star City de Sydney. Ele desenvolverá seu próprio cardápio, limitado à “abundância da Austrália”, como ele escreveu em um e-mail. “Nós tentaremos não importar nada, exceto alguns vinhos e produtos japoneses como shoyu”, ele acrescentou, se referindo a um tipo de molho de soja. Chang revezará os deveres na cozinha com Peter Serpico, o chef do Ko, a filial de alto luxo do Momofuku no centro de Manhattan.
 


  • Lauryn Ishak/The New York Times

    André Chiang prepara prato no Restaurant André, em Cingapura

Restaurant André

Cingapura
Poucas semanas após a abertura em outubro do Restaurant André, no animado bairro de Chinatown em Cingapura, o chef Andre Chiang está surpreendendo até mesmo os gourmets mais críticos da cidade com pratos de inspiração francesa, como a berinjela braseada com crista de galo e língua de pato. Após passar 14 anos treinando na França em alguns dos restaurantes mais reverenciados do país, Chiang finalmente encontrou seu próprio espaço.


Restaurante Garzon

Garzon, Uruguai
Se por acaso você tiver obsessão por carne grelhada –e tenha uma personalidade poderosa– como o chef argentino Francis Mallmann, você pode bancar o pioneiro em um local remoto como o vilarejo uruguaio de Garzon por conta própria. Há alguns anos ele deixou o resort de José Ignacio, comprou um terreno em Garzon e construiu um hotel com cinco quartos e restaurante que abriu em 2004, e desde então tem atraído o jet set até a pequena cidade.
 


Tickets

Barcelona, Espanha
Ferran Adrià não abandonou seus fãs. Não muito após ter anunciado que fecharia o El Bulli, seu restaurante altamente aclamado, em 2012, ele e seu irmão, Albert, assinaram com os chefs que são donos do famoso restaurante espanhol de peixes e frutos do mar Rías de Galicia. Neste mês, a equipe planeja abrir um bar de tapas contemporâneo chamado Tickets, assim como um bar de coquetéis, no bairro de Parallel. O Tickets será bem menos formal que o El Bulli, apesar de que seus pratos e espaço adotarão um senso teatral, com “palcos” montados por todo o restaurante. Em um, tapas clássicos de peixes e frutos do mar, como os camarões da Costa Brava e o molusco-navalha da Galícia, serão exibidos; em outro, pratos menores mais experimentais estrelarão, como alcachofras com soro de queijo Idiazabal defumado.
 


Willows Inn

Lummi Island, Washington, Estados Unidos
O Willows Inn, na minúscula ilha Lummi de San Juan, fica a cerca de duas horas de Seattle por carro ou balsa. Mas ele está prestes a se transformar em um restaurante de destino, graças ao seu novo chef, Blaine Wetzel. O ex-protegido de 24 anos de Rene Redzepi do Noma (o restaurante de Copenhague que foi eleito o “melhor restaurante do mundo” em 2010 pela S. Pellegrino) assumiu a cozinha do Willows no ano passado. O restaurante em si reabre em fevereiro; espere um cardápio com foco obsessivo em ingredientes locais, ao estilo do Noma. Desde que foi contratado, Wetzel está trabalhando com um fazendeiro e um pescador de ouriço-do-mar que trabalharão exclusivamente para ele.