Cervejas artesanais formam roteiro temático por Saint Louis, no Missouri (EUA)
No final dos anos 1800, os moradores de Saint Louis iam aos beer gardens para beber, jogar e interagir socialmente. A maioria era imigrantes acostumados a beber cerveja diariamente, algo tão vital quanto pão. Desse entusiasmo nasceu a Anheuser-Busch, talvez a cervejaria de grande porte mais conhecida dos Estados Unidos. Independente de seu tamanho, os moradores locais permaneceram leais à empresa local.
Em 2008, a InBev, uma empresa internacional de cerveja, comprou a A-B, como a Anheuser-Busch é conhecida localmente. Quando aquele ano começou, existiam apenas três outras cervejarias dentro dos limites da cidade, cada uma minúscula em comparação. Mas hoje as opções de cerveja artesanal da cidade estão expandindo rapidamente: no final de 2011, a A-B tinha 11 concorrentes na cidade, além outra dúzia nos seus arredores.
Há um limite para o número de microcervejarias que os moradores locais estão dispostos a apoiar?
“Sério? É cerveja”, respondeu Dylan Mosley, o mestre-cervejeiro da Civil Life Brewing Company, no sul de Saint Louis. “Você sabe quantas pessoas bebem cerveja? Se eu abrisse um ponto de hambúrguer, ninguém diria: ‘Ei, você sabe quantas lanchonetes de hambúrguer existem?’ Elas apenas diriam: ‘Legal! Outra lanchonete de hambúrguer!’”
Em outubro passado, Mosley e Jeff Hafner, o dono da cervejaria, abriram The Civil Life (3714 Holt Avenue; sem telefone; www.thecivillifebrewingcompany.com) no sul de Saint Louis. Eles montaram um bar de dois níveis dentro da cervejaria, com cantos para facilitar a conversa entre as pessoas. The Civil Life é especializado em “cervejas de sessão” mais fracas, que permitem beber uma maior quantidade sem atrapalhar a conversa. Entre as opções estão uma amarga de estilo britânico e uma cerveja ale clara de centeio (US$ 5 cada).
Mais ao sul, no bairro de South Carondelet, uma ex-fábrica da Coca-Cola agora é lar da Perennial Artisan Ales (8125 Michigan Avenue; 314-631-7300; perennialbeer.com). Ela abriu em setembro de 2011 e tem um bar de degustação onde os visitantes podem provar as receitas de seu cervejeiro, Phil Wymore, inclusive a ale clara Hommel Bier (US$ 5), inspirada nas ales de fazenda belgas.
A uma curta caminhada do Busch Stadium, 4 Hands (1220 South Eighth Street; 4handsbrewery.com), em atividade desde novembro, conta com uma ale clara de centeio da Índia e uma cerveja de aveia entre suas opções. O bar de degustação é feito de madeira de um celeiro rural do Missouri com 107 anos.
Mas o centro da cerveja artesanal é Midtown Alley, a oeste do centro, com três cervejarias a uma distância de caminhada uma da outra.
Buffalo (3100 Olive Street; 314-534-2337; buffalobrewingstl.com) é a mais velha das três, aberta em 2008. A Rye IPA cítrica do bar-cervejaria (US$ 4,50) é uma das favoritas dos fãs de cerveja locais. As pessoas cansadas de esperar na fila pelo churrasco do altamente popular Pappy’s ao lado acabam optando pelos hambúrgueres e mariscos do Buffalo.
Six Row (3690 Forest Park Avenue; 314-531-5600; sixrowbrewco.com) abriu no final de 2009. A cervejaria concluiu recentemente uma ampliação que quase quadruplicou sua capacidade. Além das cervejas sempre disponíveis, como a Honey Weizen (US$ 4,50), feita com mel do Missouri, estão favoritas cult ocasionais como a Bacon Porter, que conta com um pedaço de bacon cozido dentro da garrafa.
A mais recente adição de Midtown, o Urban Chestnut (3229 Washington Avenue; 314-222-0143; urbanchestnut.com), abriu em janeiro de 2011. Florian Kuplent, um ex-cervejeiro da A-B, é especialista na mistura de estilos tradicionais europeus e tentativas mais experimentais. Quinze cervejas diferentes estavam disponíveis em uma visita recente, incluindo a lager Zwickel e a Winged Nut com toque de castanhas (US$ 5 cada).
Em frente ao bar há um pequeno jardim com mesas longas e robustas. Kuplent as trouxe da Alemanha, sua terra natal. “É uma cidade de cerveja e acho que há uma história lá de pessoas que apreciam se sentar em beer gardens”, ele disse. “Eu acho que esse gene, ou o que quer que seja, não desaparece.” (Tradução: George El Khouri Andolfato)
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