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Passagens de volta ao mundo são opção para quem quer radicalizar as férias ou tirar ano sabático

Marcel Vincenti

Do UOL, em São Paulo

27/03/2012 07h07

Fazer grandes viagens pelo mundo está cada vez mais fácil para os brasileiros: o real se encontra valorizado, o poder aquisitivo da população aumenta a cada ano e exigências de visto vêm caindo uma atrás da outra – México e Rússia estão aí para provar.

As grandes companhias aéreas também têm feito sua parte: nos últimos anos, elas se associaram em alianças que, por preços rebaixados, vendem passagens que levam o turista a diversos destinos ao redor do globo. As ofertas são tentadoras: uma passagem de volta ao mundo vendida pela OneWorld, por exemplo, que é formada por empresas como LAN Chile e Iberia, e permite ao viajante desembarcar em 12 países, custa cerca de R$ 8 mil (com taxas inclusas).

Jornadas com um menor número de paradas, mais igualmente extensas, também são permitidas: para fazer uma rota que, saindo de São Paulo, pare em Londres, Hong Kong, Sidney e Santiago, o turista irá gastar, com a OneWorld, cerca de R$ 7,5 mil (um valor interessante, visto que só uma passagem padrão entre a capital paulista e Hong Kong custa mais de R$ 3 mil). 

A Star Alliance, por sua vez, que conta com a brasileira TAM e a TAP Portugal entre seus associados, tem tentado promover seus roteiros de maneira temática. Em um evento realizado recentemente em São Paulo, a empresa divulgou a rota “Volta ao Mundo pelas Sete Maravilhas”.

O roteiro abrange os países que abrigam as Sete Maravilhas do Mundo Moderno (o Cristo Redentor, no Brasil, o Coliseu romano, na Itália, as ruínas de Machu Picchu, no Peru, o Taj Mahal, na Índia, as ruínas de Chichen Itzá, no México, o sítio arquelógico de Petra, na Jordânia, e a Muralha da China) e está à venda por cerca de R$ 10 mil (preço que inclui todas as passagens e tarifas aeroportuárias). Se o viajante fizesse toda essa viagem por sua conta, comprando cada passagem com uma companhia diferente, gastaria cerca de R$ 2 mil a mais. 

A Star Alliance ainda oferece produtos tarifários concentrados em determinadas regiões do globo, como o “Circuito Oceano Pacífico”, o “Circuito Asiático” e o "Circuito Norte da Ásia", que desembarcam apenas em países dessas aéreas. No "Circuito Oceano Pacífico", por exemplo, o turista pode circular entre destinos como Los Angeles, Tóquio, Nova Zelândia e Polinésia Francesa (os viajantes residentes no Brasil, entretanto, têm que comprar uma passagem extra para viajar entre São Paulo e um desses lugares).

  • Laura Ming/UOL

    O Taj Mahal é uma das principais atrações turísticas da Ásia e pode ser visitado em uma viagem de volta ao mundo que passe pela Índia

“Um de nossos grandes objetivos é quebrar a rotina do mundo de viagens e oferecer opções de passeio inusitadas para os turistas”, diz Carlos Antunes, diretor de inteligência de mercado da TAP Portugal. “É um produto extremamente atrativo e que permitirá a muitas pessoas realizar o sonho de suas vidas”.    

Previsão de gastos

Apesar dos descontos, fazer uma jornada de volta ao mundo ainda é caro. Não é todo mundo que tem R$ 8 mil ou R$ 10 mil para gastar só em passagens de avião em uma viagem de férias. E o turista não pode esquecer que, além da passagem, terá de arcar com outros gastos de transporte durante a viagem, como a locomoção dentro do país no qual ele pousou. Um exemplo: na Índia, o desembarque provavelmente será feito em Nova Délhi, que fica a 200 km de Agra, onde está o Taj Mahal. A locomoção entre as duas cidades ficará por conta do viajante. 

Por outro lado, os bilhetes de volta ao mundo são uma grande opção para pessoas que querem aproveitar ao máximo seu mês de férias ou tirar um ano sabático para esquecer da vida. A maioria das passagens pode ser usada em um período de um ano e as datas das viagens podem ser remarcadas gratuitamente. Trata-se de um detalhe importante, visto que o turista seguramente irá querer ficar mais do que previsto em algum dos lugares que visitar (para mudar o itinerário, que deve ser pré-agendado com as companhias, paga-se uma multa de aproximadamente 150 dólares).

Para mais informações, acesse:

Star Alliance: www.staralliance.com/pt/

OneWorld: http://pt.oneworld.com/