Viagem para os EUA com o dólar nas alturas? Veja 10 dicas para economizar
Você conseguiu um preço bom em uma passagem promocional para os Estados Unidos, mas não quer (e nem pode) gastar além da conta quando o dólar está valendo mais do que o triplo do real. Isso é possível?
Se você tiver paciência e souber procurar, sim. Para ajudar o viajante a poupar, desde a compra do dólar até a escolha da hospedagem e dos passeios, conversamos com um economista e duas blogueiras brasileiras que vivem na terra do tio Sam.
A partir de sugestões deles, pesquisas e experiências pessoais, o UOL Viagem reuniu abaixo dez dicas que podem te ajudar a se divertir e conseguir voltar ao Brasil sem entrar no vermelho. Confira:
1- Deixe (mesmo) o crédito de lado
Em tempos de variação alta da moeda, como carregar dinheiro? "A forma mais econômica é em espécie, que tem um IOF de 0.38% - o do cartão pré-pago sofre 6.38% [assim como o de crédito]. Ainda é interessante porque a pessoa administra melhor esse valor”, aposta o economista Samy Dana, professor da FGV/EASP e especialista em finanças pessoais e gestão de risco.
O crédito deve ser visto como última opção. "O cartão pré-pago ainda é preferencial frente ao de crédito, porque nele você pode fazer uma busca e escolher uma casa de câmbio que te interessa. No de crédito, se subir o dólar entre a compra e o fechamento da fatura você paga a diferença, não tem escolha”, diz Samy.
2- Pesquise online a casa de câmbio
Para achar uma casa de câmbio mais econômica, vale fazer uma boa pesquisa. A página do Banco Central pode ajudar nessa hora. "Existe um lugar no site chamado Ranking do Valor Efetivo Total, que te mostra as corretoras que saíram mais baratas nas últimas semanas. Daí você liga e pesquisa”, indica Samy.
3- Abuse da economia compartilhada
Para a blogueira brasileira Marina Vidigal Brandileone, autora do Ideias na Mala e que mora há três anos em São Francisco, um modo legal de poupar atualmente é usar sites de economia compartilhada - seja para hospedagem, transporte ou até mesmo alimentação.
“Na Califórnia, o Airbnb funciona muito bem. E para quem não quer gastar um tostão, tem sempre o Couchsurfing. Aqui em São Francisco tem vários encontros da galera do site, e quanto mais você é envolvido na comunidade, mais fácil as pessoas te convidarem para ficar em casas e lugares melhores”, indica.
Gisela Gueiros, do Táxi Amarelo, que mora em Nova York, também aposta nos sites de locação temporária. “O Airbnb tem sido o que mais vejo meus amigos usando e gostando. Tem também o One Fine Stay para aluguéis temporários. Claro que ficar fora de Manhattan – no Brooklyn ou no Queens –, também pode baratear bem a hospedagem”, sugere.
E para quem quiser economizar nas refeições e conhecer gente, há o Meal Sharing, rede social que põe em contato pessoas que curtem cozinhar com quem gosta de comer. Por meio do site, refeições podem sair de graça ou muito baratas - mas é simpático levar uma bebida para acompanhar, como na casa de amigos.
4- Transporte na ponta do lápis
Alugar um carro não é uma boa opção em todas as cidades, mas também nem sempre comprar aquele bilhete de múltiplas viagens do metrô vai te fazer economizar. “Vale muito a pena fazer contas. Não compre de olho fechado, porque muitas vezes você não vai precisar pegar metrô, pois pode caminhar”, sugere Marina.
Ainda na onda da economia compartilhada, para substituir os táxis ela indica o Lyft, app que conecta motoristas e passageiros - parecido com o Uber, mas menor e por vezes mais econômico, segundo a blogueira. Atualmente, ele opera em 59 cidades norte-americanas.
5- Faça refeições em casa ou piqueniques
Outra economia com comida que vale tanto para os EUA quanto para qualquer destino é comprar produtos em supermercados e cozinhar onde se está hospedado. Para quem fica em hostel ou aluga apartamento, é uma boa opção.
Dependendo da cidade em que estiver, fazer um piquenique em praças e parques também vale a pena - além de sair mais em conta do que ir a restaurantes, é divertido, ainda mais quando se está numa cidade nova. E para evitar roubadas ao comer fora, atenção ao cardápio: “já vi muita gente fazer a besteira de pedir o prato do dia num restaurante sem saber o preço”, conta Gisela.
6- Busque atrações gratuitas em guias locais
Pesquisar em sites locais garante não apenas dicas mais atualizadas, mas economia: guias com programações gratuitas, páginas que oferecem descontos, tudo isso pode ajudar na hora de planejar os passeios. Em São Francisco, Marina indica o Fun & Cheap San Francisco.
Já em Nova York, o guia Nycgo.com tem uma parte destinada apenas a eventos gratuitos. Gisela cita duas atrações boas para quem está com orçamento enxuto na cidade -- “um passeio baratex e muito gostoso para os meses mais quentes é o East River Ferry. Recomendo que visitem Governor’s Island, uma ilha que só abre durante o verão e costuma ter mil atividades bacanas”.
Já para quem vai a Miami, a página Miamionthecheap.com indica o que aproveitar na cidade sem gastar um centavo, de aulas de yoga a sessões de cinema e programas infantis. Vale pesquisar sites semelhantes a estes em outros destinos no país.
7- Rastreando descontos: cupons e outlets
“Uma coisa que americano adora são os cupons”, diz Marina. Por meio dos bilhetes, rolam descontos e benefícios. É possível conseguir desde em sites específicos para o serviço até em páginas de lojas e atrações -- se você der uma busca combinando o nome da cidade para onde vai e “coupons”, provavelmente vai achar bastante coisa.
Para as refeições em restaurantes, fazer check-in no site Yelp para ganhar um drinque ou uma sobremesa gratuita é uma boa opção. Já para quem quer comprar roupas e calçados, vale ficar de olho em sites que indicam onde estão rolando promoções e outlets. Páginas como Premium Outlets e Outlet Bounds ajudam a encontrar esses locais. O UOL Viagem tem também uma seleção, em português, de Outlets pelo Mundo.
8- Use sites que comparam preços
Para quem vai reservar hotel ou planeja viajar dentro dos EUA, vale usar sites que comparam preços de hospedagem e de passagens, como o Trivago. Aos que têm um planejamento mais aberto, comprar bilhetes de última hora, as passagens Last Minute, com altos descontos, é uma dica da blogueira Marina. Já para comparar preços de produtos, há nos EUA o site Price Grapper, interessante para quem busca eletrônicos mais baratos.
9- Aproveite os tours e museus gratuitos
Muitas cidades ao redor do mundo (e nos EUA não é diferente) oferecem hoje em dia tours gratuitos. Procure por eles no destino para onde vai.
“Em São Francisco há uma associação chamada San Francisco Guides com mais de 40 tours diferentes, desde arquitetônico até pela Chinatown”, indica Marina.
Outros roteiros que constam no site da associação são passeios por locações de filmes de Hitchcock ou por murais grafitados do multicultural bairro de Mission. Por meio do site Free Tours By Foot é possível ver roteiros semelhantes em diversos outros destinos dos EUA, como Washington, Nova Orleans, Chicago, Nova York e Boston.
Já os museus, em várias cidades, costumam ter um dia ou horários de acesso livre, vale ficar de olho. “No Metropolitan Museum, por exemplo, o preço do ingresso é apenas sugerido. Se você quiser pagar US$ 1, você pode. Já o MoMA, às sextas, das 16h às 20h, tem entrada grátis. As galerias de arte também são abertas ao público e não é preciso comprar ingresso. Adoro a galeria Marian Goodman, na rua 57, por exemplo”, indica Gisela para quem vai a Nova York.
10- Faça substituições de programas
Por fim, se a ordem é economizar, procure colocar na balança os passeios. Você quer mesmo conhecer aquela atração que todo mundo fala, mas que custa metade do seu orçamento diário? “Vale a pena fazer substituições no seu roteiro e descobrir lugares um pouco menos turísticos, mas que te proporcionam uma experiência tão legal quanto -- ou mais”, sugere a blogueira Marina.
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