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Tá sobrando dinheiro? Veja passeios para gastar sem limites em Londres

Rafael Mosna

Colaboração para o UOL, de Londres

22/06/2016 18h45

O que um viajante sem preocupações financeiras faz em Londres? Onde comer, passear ou simplesmente matar o tempo na sexta cidade mais cara do mundo para se viver, de acordo com ranking de 2016 da Economist Intelligence Unit?

Atrás de uma resposta, o UOL conversou com concierges - profissionais responsáveis por atender os pedidos dos hóspedes, dos mais extravagantes ao mais simples - de três dos mais luxuosos hotéis da capital inglesa e arrancou uma palhinha do que são sugeridos aos clientes ricaços quando o assunto é turismo.

Um aviso: engana-se quem pensa que serão apenas opções inalcançáveis aos meros mortais, pois também há dicas que valem para o turista econômico.

Café da manhã dos campeões

smoothie de morango - Thinkstock - Thinkstock
Imagem: Thinkstock

Para começar o dia, Nigel Bowen, do Hotel Mandarin Oriental, indica o Wellness Breakfast, servido no hotel em que trabalha. São pratos para um café da manhã estilo saudável, com destaques para o iogurte com chia hidratada em leite de amêndoas e servido com morango e romã (12 libras; R$ 59) e o “smoothie” de morango, banana, framboesa, manga e maracujá (9 libras; R$ 45).

Como uma princesa

Vestido de Noiva - Kate Middleton - Resposta - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Já Big John, que trabalha no The Goring, hotel onde Kate Middleton (foto) pernoitou na véspera de seu casamento com o príncipe William, sugere começar o dia com um dejejum no Darwin Brasserie. “A vista de lá é realmente surpreendente”, garante. O local está situado no topo do Sky Garden, edifício próximo a Catedral de St. Paul’s, com jardins e uma visão panorâmica de 360 graus de Londres. Serve, por exemplo, um “bufê continental” por 15 libras (R$ 74*).

Banho de cultura

Galeria Tate Modern, em Londres, às margens do rio Tâmisa (23/05/2008) - Shaun Curry / AFP - Shaun Curry / AFP
Imagem: Shaun Curry / AFP

Próximo dali, John recomenda dar uma passada pelo Tate Modern (foto) e, em seguida, pegar o barco que percorre o rio Tâmisa e liga esse museu ao Tate Britain. “Programa ideal para conferir arte contemporânea e clássica no mesmo dia”, diz. A boa notícia é que ambos possuem acesso gratuito a sua coleção permanente.

Adquirir arte

Casas de mais de 20 milhões de libras à venda no bairro de Mayfair, em Londres - Luke MacGregor/Reuters - Luke MacGregor/Reuters
Imagem: Luke MacGregor/Reuters

Para comprar pinturas e afins, o concierge recomenda uma caminhada pela Cork Street. A pequena rua em Mayfair, bairro (foto) onde estão alguns dos imóveis mais caros de Londres, abriga várias galerias de arte contemporânea. Já para quando o fim da tarde se aproximar, Nigel sugere um show em um dos teatros de West London, famoso por comédias ou musicais como "O Fantasma da Ópera". De lá, vá jantar no restaurante The Ivy.

Para poucos

homem rico; getty images - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Michael de Cozar, do The Ritz, ressalta que nem tudo o que seus hóspedes almejam está relacionado a altas quantias de dinheiro. Ter acesso a exclusividades ou a eventos com ingressos esgotados são algumas das cartas na manga de que o profissional se gaba. “Temos ótimos contatos com colecionadores privados. Se, por exemplo, nosso hóspede se interessa por arte moderna, podemos organizar uma visita a uma coleção particular como, por exemplo, já fizemos na casa de Anita Zabludowicz [esposa de Poju Zabludowicz, magnata conhecido por suas coleções de arte]”.

Super exclusivo

10. A rainha foi a primeira monarca a abrir o Palácio de Buckingham ao público, em 1993. A medida foi tomada para arrecadar fundos para a reforma do Castelo de Windsor, após um incêndio - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL
Imagem: Reprodução/UOL

Outra dica do mesmo profissional é o tour privativo pelos salões do Palácio de Buckingham. “Ele só é possível cinco ou seis vezes ao ano”, diz. A residência da rainha costuma ser aberta ao grande público durante os meses de julho e outubro pelo valor de 27,50 libras (R$ 137*) por pessoa. Para grupos pequenos e privados, o ingresso custa quase três vezes mais.

Como na TV

Sala de jantar do Highclere Castle, que é aberto à visitação durante alguns dias da primavera e verão do Hemisfério Norte - Divulgação/Highclere Castle - Divulgação/Highclere Castle
Imagem: Divulgação/Highclere Castle

Ele ainda lembra quando "intermediou" a realização de um jantar exclusivo na grande mesa do salão do Highclere Castle, conhecido por ter sido o castelo onde aconteceram as filmagens da série “Downton Abbey”. Valores para a empreitada dependem do estilo do evento, mas um tour privativo com chá da tarde para até 12 convidados pode custar a partir de 8.500 libras (cerca de R$ 42 mil*), mais impostos.

Um pouquinho “aristocrata”

chá no castelo - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Aos que querem ter um gostinho da aristocracia britânica dentro do próprio Ritz, o chá da tarde é servido por lá diariamente num suntuoso salão, em quatro horários. Uma seleção de chás acompanha sanduíches, deliciosos doces e “scones”, tradicionais pãezinhos britânicos, sempre quentinhos e servidos com geleia e “clotted cream”, creme batido com consistência entre a nata e a manteiga.

Para saborear essas delícias, é preciso desembolsar a partir de 52 libras por pessoa (R$ 259*) e usar traje formal (homens devem vestir paletó e gravata). A trilha sonora ambiente é comandada por um músico em um piano de cauda preto. Tudo bastante clássico, como o esperado.

*Preço consultado em junho de 2016 e convertido em 22/06/2016