Guerreiros do mar: Dinamarca tem museu dedicado aos barcos vikings
A 31 km da capital Copenhague e com apenas 55 mil habitantes, Roskilde não é o principal destino para quem visita a Dinamarca, mas merece a atenção de todo turista por um motivo: vikings.
Fundada no ano de 980 pelo rei Haroldo Dente-Azul, foi até 1443 capital da Dinamarca e um importante porto viking. Por lá, vale visitar o Museu de Barcos Vikings, criado em 1969 após a escavação dos destroços de cinco embarcações que foram afundadas propositalmente há mais de 1100 anos pelos nórdicos para dificultar a navegação pelo estreito de Roskilde e proteger a cidade.
Além dos barcos, o museu tem um centro de pesquisa que reconstrói as embarcações com os mesmos materiais da época. Assim, é possível aprender detalhes das construções. Depois de prontos, os pesquisadores testam as embarcações em longas navegações até a Irlanda, por exemplo.
O museu conta como os vikings se transformaram nos pioneiros das grandes navegações e, graças às tecnologias daqueles barcos, conseguiram invadir a Inglaterra e colonizar a Islândia e Groenlândia, chegando até a América do Norte, centenas de anos antes dos navegadores ibéricos. Tudo com esses barcos.
Sem contar a influência cultural que eles deixaram no mundo. Para citar um exemplo, os dias da semana em inglês são dedicados aos deuses vikings. Wednesday (quarta-feira) quer dizer Dia de Odin, thursday (quinta-feira) significa Dia de Thor e friday (sexta-feira) é o dia do Frey.
História e diversão
O museu é dividido em três partes. A mais importante é um grande hall que abriga os destroços dos cinco navios. Bastante degradadas, as peças foram encaixadas em estruturas metálicas que dão a exata dimensão do tamanho dos barcos. Um deles tem 30 metros de extensão e comportava até 70 homens.
A segunda parte é um porto, onde ficam ancoradas as réplicas e as oficinas onde elas são feitas. No verão, o visitante pode navegar pelo estreito e sentir como era velejar há mais de 1000 anos.
Nesses passeios (que devem ser agendados com antecedência), os turistas participam de todo o processo, desde levantar as velas, remar e até manobrar os barcos, com a supervisão de um marinheiro ou marinheira do museu.
A terceira parte é uma sala de cinema onde são exibidos vídeos históricos dos resgates dos destroços e das construções das réplicas.
Nas oficinas, os visitantes aprendem como todas as partes dos navios eram feitas. Vale o destaque para a produção do tecido das velas, feito em tear manual com linho colhido numa fazenda próxima, num trabalho que pode durar anos.
O turista também pode experimentar o vestuário viking, feito de linho cru, e usar os elmos e empunhar as espadas e escudos. E, claro, fazer aquela foto marota para o Instagram.
Como chegar?
Atualmente, Roskilde é mais conhecida por seu festival de música, o maior do norte da Europa, que ocorre há 46 anos, mas a cidade tem também uma impressionante catedral onde estão enterrados 20 reis e 17 rainhas da Dinamarca.
É possível fazer um bate e volta de um dia da capital para Roskilde. Trens partem de hora em hora da Estação Central, em Copenhague -- a viagem dura cerca de 45 minutos. Em Roskilde, o turista desembarcará na estação de trem mais antiga do país e dali poderá seguir a pé até o museu, passando pela catedral e por dentro de um bucólico parque público, o Byparken. O trajeto leva 20 minutos e é quase todo plano.
Serviço:
Endereço: Vindeboder 12. DK-4000 Roskilde. Dinamarca.
Horário de funcionamento: Das 10h às 16h.
Telefone: +45 46 300 200
E-mail: museum@vikingeskibsmuseet.dk
Valores:
Entrada do museu: De 75 DKK a 130 DKK (R$ 40 a R$ 65)
Passeios de barcos: De 100 DKK a 200 DKK (R$ 55 a R$ 105)
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