"Cidade das Bruxas" dos Estados Unidos, Salem carrega história macabra
Nos Estados Unidos, mais precisamente em Massachusetts, existe uma cidade com uma história digna de filme de terror. O lugar se chama Salem e, em 1692, foi palco de eventos sinistros.
Naquele ano, um grupo de garotas que morava na região começou a apresentar, simultaneamente, comportamentos e sintomas doentios assustadores, como ataques de gritos, delírios e contorções que lembravam convulsões, chocando seus pais e vizinhos.
Algumas das meninas disseram que três mulheres locais as tinham enfeitiçado (uma delas era uma escrava que trabalhava em uma das casas da área).
Foi o suficiente para gerar um julgamento e para que as acusadas fossem posteriormente condenadas por bruxaria.
O caso gerou uma espécie de histeria coletiva em Salem e arredores: outras dezenas de pessoas começaram a ser chamadas de bruxas e foram levadas à corte.
Em pouco tempo, 19 delas (14 mulheres e cinco homens) foram executadas na forca.
"Foi uma época de histeria, em que juízes acreditavam no diabo", informa a Destination Salem, entidade oficial de promoção turística da cidade norte-americana. "Os julgamentos cessaram por ordem do governador William Phipps, quando sua própria esposa foi acusada de bruxaria".
Turismo das bruxas
Esta história marca Salem até hoje, que, por seu passado, ganhou o apelido de "Cidade das Bruxas".
Atualmente, este centro urbano norte-americano oferece diversos atrativos turísticos envolvendo os infames julgamentos de 1692 e o universo da bruxaria.
Um deles é o Witch Dungeon Museum, onde o público pode ver uma encenação dos julgamentos feita por atores profissionais.
Já o Witch History Museum relata histórias não muito comentadas sobre aquela época, como a de um casal que foi acusado de bruxaria, conseguiu fugir da região de Salem, mas retornou um ano depois para se vingar dos juízes que haviam condenado seus concidadãos.
Há também tours por Salem que prometem propiciar experiências imersivas para o público.
O Bewitched After Dark Walking Tours, por exemplo, é um passeio noturno que percorre as ruas da cidade, explicando os detalhes dos julgamentos de 1692, falando sobre bruxaria e abordando a história colonial desta região dos Estados Unidos.
E há ainda o Candlelit Ghostly & Graveyard Walking Tour, no qual, segurando velas, os turistas visitam lugares supostamente assombrados de Salem.
Locais supostamente habitados por fantasmas também são explorados no passeio Haunted Footsteps Ghost Tour, que vai até antigos cemitérios e edificações com histórias trágicas que não têm a ver com bruxaria, como casas onde ocorreram assassinatos.
Os participantes são encorajados a tirar fotos dos pontos visitados para ver se conseguem captar imagens de fantasmas.
E até as autoridades de Salem embarcaram na onda: o símbolo da polícia da cidade exibe a imagem de uma bruxa voando com uma vassoura.
Mas era bruxaria mesmo?
Entidade oficial de promoção turística a cidade norte-americana, a Destination Salem faz questão de informar, em seu site, que as 19 pessoas enforcadas em 1692 eram inocentes.
Mas o que levou as meninas a terem os surtos que desencadearam toda esta história?
Nos anos 1970, foi publicado um estudo que trazia uma teoria para o caso: os ataques sofridos pelas garotas podem ter sido causados por um fungo que estaria presente no centeio consumido pela população de Salem e arredores naquela época (e que seria capaz de causar alucinações).
No século 17, porém, parece que ninguém levou a questão para o lado científico (e a superstição acabou falando mais alto).
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