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Coliseu e outros pontos turísticos são fechados para reunião sindical

O Coliseu, em Roma, é um dos monumentos mais visitados da Itália - Thinkstock
O Coliseu, em Roma, é um dos monumentos mais visitados da Itália Imagem: Thinkstock

De Roma

18/09/2015 12h19

Os maiores pontos turísticos de Roma amanheceram fechados nesta sexta-feira (18) para a realização de uma reunião sindical. Coliseu, Fórum Romano e Palatino, Termas de Diocleciano e Óstia Antiga atrasaram a abertura dos portões para o final da manhã e muitos turistas foram pegos de surpresa com a decisão.   

O ministro dos Bens Culturais e Turismo, Dario Franceschini, se revoltou com o fechamento é disse que a medida foi "exagerada".  Ele ainda anunciou que irá marcar um debate no Conselho de Ministros e com o primeiro-ministro Matteo Renzi para incluir os museus e pontos culturais entre os "serviços públicos essenciais" da Itália.   

"Agora chega. Justo no momento no qual a tutela e a valorização dos bens culturais voltaram após anos ao centro da atenção do governo, agora que os números do turismo voltaram a ser extraordinariamente positivos, na época que a Expo e o Jubileu atraem a atenção para a Itália, uma nova assembleia sindical faz com que os turistas formem filas em frente aos olhos do mundo", destacou Franceschini.   

Um dos responsáveis do governo para garantir o funcionamento das greves, Roberto Alesse, também criticou a medida. "O fechamento aos visitantes dos principais sítios arqueológicos da capital, motivado por uma reunião sindical - regularmente convocada - leva, mais uma vez, a urgência para compreender a fruição dos bens culturais entre os serviços públicos essenciais", disse Alesse.

Atraso
A Superintendência do Coliseu afirmou que a ação não foi um "fechamento", mas apenas um "atraso" na hora de abertura dos locais ao público. Um dos coordenadores sindicais, Enzo Feliciani, informou que a reunião foi necessária para debater um "bônus no salário que não é pago há nove meses", além dos problemas de pessoal e de infraestrutura.

Feliciani ainda destacou que o "atraso" não ocorreu apenas em Roma, mas em diversas partes da Itália, como no Palácio Pitti, em Florença. O medida de hoje lembrou uma situação vivida no sítio arqueológico de Pompeia, em julho deste ano, quando o local também foi fechado por um sindicato e causou filas enormes.  Tanto em julho como nesta sexta-feira, todos os turistas foram pegos de surpresas pela paralisação.