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Meteoro por Trás da Cena: Mesmo criticadas, cinebiografias são necessárias

Do UOL, em São Paulo

15/11/2019 04h00

As cinebiografias são controversas. Quando uma produtora resolve fazer um filme para contar a história de alguém, conclui-se que esta pessoa foi muito conhecida. Seja músico, político, cineasta, escritor ou empresário, o biografado, muito provavelmente, já despertou ódios e paixões. Talvez só paixões. E mexer com a imagem que as pessoas têm de seus ídolos pode ser muito perigoso. Os filmes tendem a simplificar situações ou deixar de lado certas passagens da vida do personagem biografado porque resumir uma vida em cerca de duas horas é muito complexo.

Por isso cinebiografias podem agradar à crítica e não ao público ou vice-versa, como é o caso de "Bohemian Rhapsody", que conta a história do cantor e compositor Freddie Mercury, da banda de rock Queen. A crítica apontou, entre outros fatores, falhas no roteiro e uma superficialidade sobre o personagem biografado. Porém, nas bilheterias do mundo, arrecadou cerca de US$ 800 milhões e amealhou quatro Oscars, incluindo o de melhor ator para Rami Malek. Ou seja: sucesso retumbante de público no planeta.

Mas o simples fato de escolher contar a história de uma pessoa no cinema é importante para a história da civilização. Pensar que alguém foi tão relevante a ponto de merecer uma cinebiografia faz as pessoas pensarem a respeito daquele tempo e sobre o legado daquele personagem. E isso é cultura. E a cultura é necessária para os povos entenderem quem são e de onde vieram. E, por que não, para onde vão.