Livre Acesso mostra abrigos do Instituto Luisa Mell lotados
A curva crescente de adoções atingidas pelo Instituto Luisa Mell de 2015 (ano de sua fundação) a 2019 prometia um 2020 de êxito que permitiria liberar um dos dois abrigos mantidos pela entidade. A chegada da pandemia, no entanto, provocou a situação contrária: abrigos lotados de animais, impossibilidade de novos resgates e raras adoções. Esse é o retrato mostrado pelo terceiro episódio do programa Livre Acesso, uma parceria entre a MOV, a produtora de vídeos do UOL, e o Facebook Watch.
Em 2019, a média de adoções era muito alta. A veterinária chefe do Instituto Luisa Mell, Marina Passadore, conta que, no ano passado, em cada evento promovido regularmente pela instituição, eram realizadas entre 60 e 125 adoções de animais. Em 2018, foram quase mil animais adotados no total. Em 2019, esse número duplicou: cerca de 2 mil animais ganharam um lar permanente.
A tendência era que o número se mantivesse ou aumentasse em 2020 e, assim, após dois ou três meses, o instituto poderia liberar um dos dois abrigos que mantém, como pretendia Luisa Mell.
Entretanto, a quarentena chegou uma semana depois do único evento de adoção presencial realizado pelo instituto neste ano, em 7 de março. Além disso, a intenção era de que ele fosse pequeno, apenas para começar o ano e abrir espaço para eventos maiores. Agora, Luisa Mell não só está impossibilitada de devolver o segundo canil, mas também não pode mais resgatar animal nenhum por falta de espaço.
A saída foi tentar fazer um evento de adoção on-line, mas o esforço deu casa para apenas cinco animais. "É muito diferente de evento presencial pra gente", afirma Marina. "A gente não tá doando cachorro de porte grande, que é o que a gente mais tem."