Porsche 911 vira híbrido de um jeito como você nunca viu
O programa Carona desta semana é totalmente dedicado a um ícone automotivo, que pela primeira vez na história traz motorização híbrida.
Estamos falando do Porsche 911, que acaba de ser apresentado na Europa com o inédito sistema T-Hybrid.
Diretamente dos arredores de Málaga, no sul da Espanha, o apresentador Jorge Moraes conheceu e dirigiu a novidade, a convite da Porsche do Brasil.
Moraes explica que a eletrificação, neste primeiro momento, chega exclusivamente para a versão GTS do 911.
Essa configuração traz um sistema híbrido diferente, voltado à performance, que utiliza dois motores elétricos para ficar mais rápido - apesar do incremento de 50 kg no peso total.
Um desses motores foi instalado na turbina para evitar o chamado ?turbo lag" - o tempo que os turbos convencionais demoram para "encher" com os gases de escape.
Graças ao auxílio elétrico, esse atraso foi eliminado e o motor conta imediatamente com toda a força que tem à disposição. Um segundo propulsor elétrico foi colocado no câmbio PDK de dupla embreagem e oito marchas.
Combinado com o motor 3.6 a gasolina, o conjunto híbrido rende 541 cv de potência combinada - são 61 cv a mais do que o GTS anterior, equipado apenas com propulsor 3.0 biturbo a combustão.
O novo 911 híbrido, da geração 992.2, agora rende 62,2 kgfm de torque e acelera de zero a 100 km/h em apenas 3 segundos - contra 3,4 segundos do seu antecessor.
Na variante GTS, o eixo traseiro agora é direcional por padrão - anteriormente, esse recurso era opcional, adquirido à parte, mediante um custo extra.
As mudanças não ficaram restritas ao conjunto de motor e câmbio.
O novo 911 também recebeu novos faróis, com a mesma tecnologia LED Matrix, que ?recorta" a luz, para não ofuscar os demais motoristas, que recentemente foi introduzida no SUV Cayenne.
Além disso, o para-choque da versão GTS foi redesenhado e agora conta com aletas que abrem ou fecham automaticamente dependendo do estilo de condução - seja para melhorar a aerodinâmica, seja para resfriar o motor quando é necessário.
O modelo também passou a adotar painel de instrumentos totalmente digital, abandonando finalmente o conta-giros analógico e centralizado que o 911 exibia desde a sua primeira geração, lançada na década de 1970.
Outra novidade é que, agora, o carro não tem mais o botão giratório de partida do motor à esquerda do volante. Agora, esse botão dá lugar a uma peça convencional, daquelas de apertar.
Por fim, o banco traseiro com dois lugares deixou de ser item de série no modelo alemão - agora, o item é opcional, disponibilizado sem nenhum gasto adicional.