Integrantes do 'Casseta & Planeta' comparam Bolsonaro a Maçaranduba
Colaboração para Splash, de São Paulo
29/04/2021 04h00
Entre todos os personagens criados pelo "Casseta & Planeta, Urgente!", foram marcantes as imitações dos presidentes do Brasil. Itamar Franco com seu inesquecível topete na interpretação de Reinaldo, Hubert como "Viajando Henrique Cardoso" ou ainda Bussunda dando vida a "Luiz Inércio Lula da Silva".
Questionado neste episódio do "Oi, Sumido" sobre o que fariam caso o programa ainda estivesse no ar em 2021, Hubert não tem dúvida:
A gente estaria fazendo nosso dever cívico de esculhambar o Bolsonaro (...) Porque ele é um imbecil, um idiota.
Ele lembra que nenhum presidente foi poupado pelo grupo.
Marcelo Madureira, que declarou voto em Bolsonaro mas depois se mostrou arrependido —ele até foi expulso de uma manifestação por defender o impeachment do presidente— comentou que o jornalista Fernando Gabeira havia comparado, numa coluna, o presidente Bolsonaro a Carlos Maçaranduba, personagem do "Casseta & Planeta, Urgente!".
Ele era um professor e dono de uma academia de artes marciais que debochava dos marombeiros, mostrando que tinha muito músculo e pouco cérebro.
Claudio Manoel, que dava vida ao personagem, diz:
Maçaranduba não estaria nesse governo. Ele seria mentor intelectual, com o Olavo de Carvalho.
E, de repente, a brincadeira vira uma reunião de criação da equipe, como se estivessem preparando o próximo episódio do programa:
"Ele seria do comitê ideológico", diz Hubert.
"Ele poderia ser ministro da saúde, não vem com modéstia, não", opina Hélio de La Peña.
Cláudio Manoel lembra: "Maçaranduba já fez exercício carregando livros. O Bolsonaro nunca nem chegou perto".
O Maçaranduba seria considerado muito intelectual, muito cerebral para o governo Bolsonaro.
Hubert Aranha
Eles lembram ainda que, em 2003, o "Casseta & Planeta" lançou o filme "A Taça do Mundo é Nossa" no Palácio da Alvorada. E chegaram a brincar com o fato de Lula estar com o pé quebrado na ocasião. "A gente disse pra ele: 'enfiou o pé na jaca, né, presidente?'", lembra Hubert.