Rodrigo Santoro: '7 Prisioneiros só existe por causa do streaming'
Rodrigo Santoro é um dos protagonistas de "7 Prisioneiros", filme produzido no Brasil que estreia amanhã (11/11) na Netflix. No Splash Entrevista desta semana, Zeca Camargo recebe o ator para um papo exclusivo sobre o lançamento que marca o seu retorno ao cinema brasileiro e os quase 20 anos de carreira no exterior: do início com poucas oportunidades ao sucesso de hoje, com papeis de destaque e nomeação como membro da Academia de Hollywood, instituição responsável pela organização do Oscar.
De volta ao Rio de Janeiro, Rodrigo recebeu Zeca virtualmente em seu apartamento no Leblon para um papo descontraído, em que celebra a estreia de uma nova produção de alto nível no cinema nacional, o que lamenta só acontecer atualmente no país se for por investimento das plataformas de streaming.
Este filme, "7 Prisioneiros", por exemplo, não existiria se não fosse o streaming. Até porque vivemos um momento em que a produção cultural no Brasil é praticamente inexistente. O cinema está sobrevivendo graças ao streaming.Rodrigo Santoro, no Splash Entrevista
O ator lamenta o fim dos investimentos do governo federal em produções audiovisuais e destaca o interesse das plataformas estrangeiras em fazer coisas no Brasil.
O fato de a Netflix, por exemplo, um streaming, ter olhado para o Brasil, um país de 200 milhões de habitantes, e estar investindo cada vez mais na cultura é porque é uma empresa, né? Não podemos deixar de pensar que é uma empresa que visa o retorno. Então, se a plataforma está investindo, é porque existe retorno.
Rodrigo destacou os retornos do investimento no audiovisual: "É uma indústria que gera emprego e renda. Isso é um exemplo de como esse setor merece atenção, investimento e um olhar bastante diferente do que a gente tem atualmente".
Carreira no exterior, família e projeto de animação
No papo com Zeca, Rodrigo também fala sobre as dificuldades do início da carreira em Hollywood, analisa seu papel como um dos grandes representantes do audiovisual brasileiro no exterior.
O ator analisa também as mudanças no mercado de atores e atrizes no Brasil e comenta o pioneirismo de, no início dos anos 2000, ter optado por trabalhar com contratos a cada obra, o que hoje é uma tendência. "O artista hoje quer ser mais criador, não só um contratado", destacou Rodrigo, que tem trabalhos recentes no Globoplay e, agora, na Netflix.
Em primeira mão, Rodrigo dá detalhes sobre seu novo projeto de animação, inspirado na obra "Arca de Noé", de Vinicius de Moraes, relata os desafios da paternidade e conta o que tem aprendido com a filha Nina, de 4 anos.