Sexoterapia #78: Uma pessoa quer, outra não: tem como alinhar desejo sexual do casal?
Falta de tempo, de energia, de tesão ou todas as opções anteriores e mais algumas... O que tem impedido as pessoas comprometidas de fazer mais sexo? Será que dá para sincronizar o desejo sexual com o do parceiro (ou dos parceiros)? E marcar horário para transar, funciona? É possível manter um relacionamento assexuado? Abrir a relação, resolve? O episódio 78 do podcast Sexoterapia --que você pode conferir no arquivo acima-- debate essas e outras dúvidas que atormentam os casais, trisais e pessoas que estejam em qualquer outro tipo de arranjo conjugal de longa data.
No programa, a sexóloga Ana Canosa e a editora de Universa Bárbara dos Anjos Lima recebem a jornalista, colunista do Universa e idealizadora do site Papo de Mãe, Mariana Kotscho.
Quanto mais, melhor
"Arrisco a dizer que diferença de ritmo sexual é o grande dilema", diz Ana Canosa. Para a sexóloga, a quantidade e a qualidade das relações sexuais são muito importantes na vida conjugal, com destaque para a qualidade (veja no vídeo a partir do minuto 1:05).
Ela cita um estudo que mostra o quanto o sexo melhora o humor. "Os pesquisadores descobriram que se você tem um orgasmo, esse efeito segue por um dia. Se o sexo tem qualidade, o bom humor perdura por dois dias. Então, a frequência é importante, mas a qualidade é ainda mais".
Faz sentido: pessoas que transam ficam mais bem humoradas e se relacionam melhor. Na teoria, está tudo resolvido. Mas, como fica o sexo em meio à rotina diária, especialmente quando se tem filhos? Segundo Mariana, a resposta é: escondido e "no mudo".
A jornalista, que é casada há cinco anos e tem três filhos, contou que viveu um desafio duplo: além de conseguir tempo e espaço para transar tendo três crianças em casa, ela passou por isso em uma fase em que havia acabado de se separar e estava em um novo relacionamento.
"Meus filhos tinham oito, nove e 12 anos. Quando meu marido foi morar em casa, o meu caçula estava em uma fase que ia toda noite para a minha cama. Então ele, que não tem filhos biológicos, logo precisou se acostumar" (veja no vídeo a partir do minuto 6:01).
Paciência e DR
Ana lembra que a chegada dos filhos é apenas um dos diversos fatores que irão interferir na vida sexual do casal ao longo do tempo. "A gente precisa ter em mente que o ciclo da vida irá impor vários momentos em que o desejo sexual vai diminuir ou pode diminuir: tanto uma questão hormonal quanto cansaço, excesso de trabalho, doutorado etc." (veja no vídeo no minuto 7:48).
E qual a solução? Muita paciência e DR. "O que não dá é pra cada um ficar ressentido de um lado, em silêncio, e transformar esse distanciamento da frequência sexual nos grandes fantasmas da vida", conclui a sexóloga (veja no vídeo no minuto 8:58).
Sexoterapia é o espaço criado por UOL/Universa para falar de sexo e relacionamento. Você pode conferir o programa em plataformas de áudio como Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music. No Youtube de Universa, o programa também está disponível em vídeo.