Sexoterapia #79: Química sexual: o que acontece no cérebro quando bate o tesão
Basta olhar para aquela pessoa (e, às vezes, só pensar nela), que o coração acelera, a pupila dilata, os lábios e as bochechas ficam avermelhados, e sobe aquele fogo que a gente não sabe direito o que é nem como explicar. Mas sabe muito bem que isso tudo fica ainda mais intenso durante o beijo, o toque, o sexo - sem dúvida, os melhores que já tivemos na vida, pelo menos naquele momento.
Esse sentimento arrebatador, chamado de química sexual, é o tema do quarto episódio da 10ª temporada do podcast Sexoterapia. E para falar sobre as delícias e as dores desse desejo irresistível, a sexóloga Ana Canosa e a editora de Universa Bárbara dos Anjos Lima recebem a jornalista e colunista de VivaBem Silvia Ruiz, dona do blog Ageless, sobre vida saudável e beleza para mulheres com mais de 45 anos. (Você pode conferir o programa na íntegra no arquivo acima.)
Para provar que química sexual não é apenas privilégio dos jovens, Silvia contou que foi tomada pelo sentimento aos 40 anos, quando tinha acabado de se separar. (veja no vídeo a partir do minuto 2:10).
"Eu achava que a minha libido tinha acabado, porque o casamento já estava com o sexo inexistente. Mas um mês depois de ter terminado meu casamento, conheci meu atual marido, e a gente teve uma química, uma libido, que parecia que eu tinha 15 anos de novo", lembra a jornalista, concluindo que sua falta de desejo na época tinha mais a ver com o seu relacionamento do que com a sua idade.
Paixão de fases
Ana Canosa concorda que química sexual não depende da idade e diz que se trata de uma... química cerebral, na qual estão envolvidos os hormônios sexuais estrogênio e testosterona, principalmente (veja no vídeo a partir do minuto 3:50).
"Mesmo quando produzimos menos hormônios, continuamos a produzi-los. E o fato de a gente estar diante de uma pessoa que nos mexe quimicamente a partir de uma atração que é visual ou tem outros componentes, vai acelerar a produção hormonal". A sexóloga explica que essa é a química que acontece na primeira fase da paixão e faz com que as pessoas transem loucamente.
Depois, vem a segunda fase, quando entram em cena a dopamina e a noradrenalina, hormônios do prazer. Esses componentes químicos cerebrais vão fazendo com que o coração acelere e o tesão tome conta do corpo só de pensar na pessoa.
Por fim, na terceira e última fase, mudam novamente os componentes dessa alquimia sexual, fazendo com que o fogo comece a dar uma baixada. "É a fase do amor. As substâncias envolvidas são a ocitocina, hormônio do aconchego; e a vasopressina, que faz você ficar vinculada ao outro. A química amorosa e sexual funciona basicamente desse jeito", conclui.
Sexoterapia é o espaço criado por UOL/Universa para falar de sexo e relacionamento. Você pode conferir o programa em plataformas de áudio como Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music. No Youtube de Universa, o programa também está disponível em vídeo.