OPINIÃO
Você pensa sobre amor? Ensinar empatia e consciência vale mais que tudo
Tive um mês difícil. Um mês anti-Instagram, digamos assim. Ao mesmo tempo, vi coisas lindas: a peça do Othon Bastos, a exposição do funk no Museu de Arte do Rio, o último filme do Wim Wenders, uma livraria ser desfeita (as vezes lindo também é triste).
Acho que, com o tempo, aprendi a sofrer com alguma poesia. E devo isso a livros, músicas, e à arte de um modo geral: quando a realidade aperta, é no sonho - ou nas séries - que a gente fecha os olhos e descansa. Fiz isso praticamente agosto inteiro, e numa dessas, parei na frase de uma peça. "Mãe, você ama?"
A pergunta, uma das mais repetidas da história, dita desde sempre pelo pior ao melhor dos homens, ouvida como fala de teatro, me bateu de um jeito inédito (que só a dramaturgia poderia proporcionar). Aconteceu no teatro, aquele lugar mágico onde as palavras aumentam de tamanho e viram remédios.