No livro "Justiça para todas", a advogada criminalista Fayda Belo afirma que o domínio masculino da mulher foi construído no Brasil com a chancela do Estado, sustentado por leis que sacramentaram a suposta superioridade dos homens — na qual muita gente ainda acredita.
Fayda escreve que a violência contra a mulher foi normalizada graças a uma "construção social articulada entre homens, igreja e Estado, resultando num sistema em que as próprias vítimas não conseguem notar que estão sendo vítimas".