As acusações contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida deixaram o Brasil em choque na semana passada. Mas não o governo federal. Nos corredores da Esplanada e do Planalto, já se sabia das importunações sexuais denunciadas pela ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
E, se é um avanço na luta pelos direitos das mulheres afastar o acusado do cargo, é também preciso reconhecer que isso só foi feito por pressão da imprensa e da opinião pública. Não fosse o nome de Anielle ter sido divulgado — à revelia dela — pelo portal "Metrópoles", ela seguiria silenciada e sem reparação.