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OPINIÃO

Para muita gente, mulheres como a vítima de Robinho merecem ser estupradas

01/11/2024 05h30

Uma mulher jovem, de vestido vermelho, dançando, bebendo e se divertindo numa noite de música ao vivo, rodeada de homens. A albanesa que foi vítima de estupro coletivo cometido por Robinho e seus amigos na Itália tinha tudo para não conseguir que a Justiça fosse feita. E em parte não conseguiu, porque quatro dos envolvidos escaparam do tribunal e seguem impunes, colocando em risco outras mulheres, aqui no Brasil.

Mas o crime foi reconhecido, e dois dos violadores, Robinho e Ricardo Falco, estão presos, onze anos depois. Isso graças ao trabalho da polícia, que interceptou as conversas dos amigos e registrou relatos bastante gráficos e violentos do que aconteceu naquela noite de 2013.

Em sua primeira entrevista sobre o caso, num documentário do Globoplay, a vítima, identificada como Mercedes, reconhece que, se não fossem as escutas, "talvez nem tivesse sido descoberto tudo o que veio à tona". "Essa foi a minha sorte e salvação", diz.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL