Uma mulher jovem, de vestido vermelho, dançando, bebendo e se divertindo numa noite de música ao vivo, rodeada de homens. A albanesa que foi vítima de estupro coletivo cometido por Robinho e seus amigos na Itália tinha tudo para não conseguir que a Justiça fosse feita. E em parte não conseguiu, porque quatro dos envolvidos escaparam do tribunal e seguem impunes, colocando em risco outras mulheres, aqui no Brasil.
Mas o crime foi reconhecido, e dois dos violadores, Robinho e Ricardo Falco, estão presos, onze anos depois. Isso graças ao trabalho da polícia, que interceptou as conversas dos amigos e registrou relatos bastante gráficos e violentos do que aconteceu naquela noite de 2013.
Em sua primeira entrevista sobre o caso, num documentário do Globoplay, a vítima, identificada como Mercedes, reconhece que, se não fossem as escutas, "talvez nem tivesse sido descoberto tudo o que veio à tona". "Essa foi a minha sorte e salvação", diz.