Edits ressuscitam obras, e geração Z descobre novelas e cinema nacional

Por Lucas Rocha

O que te incentiva a assistir a um filme ou série hoje em dia? Para muitas pessoas, pouco mais de um minuto de vídeo é o suficiente.

Reprodução / Rede Globo

Os edits se popularizaram naturalmente nas redes sociais, com uma linguagem muito específica e basicamente com zero custo.

Divulgação

Com isso, fizeram com que produções nacionais do passado ressurgissem como fênix nos catálogos de streaming.

Divulgação

Entre os casos mais comentados estão 'Hilda Furacão' e o filme 'Bingo - O Rei das Manhãs', que viraram febre e figuraram entre os títulos mais assistidos.

Divulgação

A série de Gloria Perez, inclusive, foi alvo até de pirataria no exterior após gringos se apaixonarem por vídeos com cenas do romance de Hilda (Ana Paula Arósio) e frei Malthus (Rodrigo Santoro).

Reprodução

Para entender o fenômeno dos edits, voltar no tempo é necessário para perceber que a semente já estava plantada anos atrás.

Reprodução/IMDb

Sendo mais exato, no momento em que as redes sociais viraram uma febre, ali por volta de 2005 em diante, YouTube, Orkut e Fotolog dariam um pontapé no que viria ser os edits que conhecemos hoje.

Divulgação

Naquela época, porém, não havia um termo exato para tais produções. O que acontecia - e ainda ocorre, diga-se de passagem - era a criação de vídeos, montagens de fotos e gifs sobre personagens queridos de séries.

Divulgação

Uma rápida pesquisa no YouTube e você ainda encontra compilados de cenas para personagens das séries que eram febre, como "The O.C.", "Gossip Girl", "The Vampires Diaries", "Pretty Little Liars", etc.

Divulgação

No meio do caminho, com a popularização do Twitter, ainda teve um breve período em que gifs viralizavam fazendo pequenas biografias.

Divulgação

Mas o que viria a ser os edits atuais é um resultado influenciado diretamente pelas fancams. Em 2019, os usuários mais famosos do Twitter sofreram com o surgimento desse formato.

Arley Alves/Globo

Os vídeos eram criados já com a proposta de servirem como divulgação. Fãs, especialmente das bandas de k-pop e divas pop, produziam as fancams e as compartilhavam exaustivamente.

Divulgação

Justamente para desvincular dessa má-fama, o que era fancam passou a se chamar edit. Os edits são produzidos de forma mais orgânica, para viralizarem por serem interessantes.

Reprodução / Rede Globo

Para os mais céticos ou desconectados, os edits podem parecer uma grande besteira. Mas não se engane, porque dá muito certo. E quem pode comprovar isso é a própria indústria do audiovisual.

Divulgação
Publicado em 15 de Maio de 2024.

Veja Também