O que te incentiva a assistir a um filme ou série hoje em dia? Para muitas pessoas, pouco mais de um minuto de vídeo é o suficiente.
Os edits se popularizaram naturalmente nas redes sociais, com uma linguagem muito específica e basicamente com zero custo.
Com isso, fizeram com que produções nacionais do passado ressurgissem como fênix nos catálogos de streaming.
Entre os casos mais comentados estão 'Hilda Furacão' e o filme 'Bingo - O Rei das Manhãs', que viraram febre e figuraram entre os títulos mais assistidos.
A série de Gloria Perez, inclusive, foi alvo até de pirataria no exterior após gringos se apaixonarem por vídeos com cenas do romance de Hilda (Ana Paula Arósio) e frei Malthus (Rodrigo Santoro).
Para entender o fenômeno dos edits, voltar no tempo é necessário para perceber que a semente já estava plantada anos atrás.
Sendo mais exato, no momento em que as redes sociais viraram uma febre, ali por volta de 2005 em diante, YouTube, Orkut e Fotolog dariam um pontapé no que viria ser os edits que conhecemos hoje.
Naquela época, porém, não havia um termo exato para tais produções. O que acontecia - e ainda ocorre, diga-se de passagem - era a criação de vídeos, montagens de fotos e gifs sobre personagens queridos de séries.
Uma rápida pesquisa no YouTube e você ainda encontra compilados de cenas para personagens das séries que eram febre, como "The O.C.", "Gossip Girl", "The Vampires Diaries", "Pretty Little Liars", etc.
No meio do caminho, com a popularização do Twitter, ainda teve um breve período em que gifs viralizavam fazendo pequenas biografias.
Mas o que viria a ser os edits atuais é um resultado influenciado diretamente pelas fancams. Em 2019, os usuários mais famosos do Twitter sofreram com o surgimento desse formato.
Os vídeos eram criados já com a proposta de servirem como divulgação. Fãs, especialmente das bandas de k-pop e divas pop, produziam as fancams e as compartilhavam exaustivamente.
Justamente para desvincular dessa má-fama, o que era fancam passou a se chamar edit. Os edits são produzidos de forma mais orgânica, para viralizarem por serem interessantes.
Para os mais céticos ou desconectados, os edits podem parecer uma grande besteira. Mas não se engane, porque dá muito certo. E quem pode comprovar isso é a própria indústria do audiovisual.