Ambientado no Rio de Janeiro da década de 1940, "A Vida Invisível" entrou para o hall de representantes do Brasil na luta pelo Oscar.
Apesar de figurar em listas de pré-indicados, o longa de Karim Ainouz não conseguiu chegar à relação final de indicados a Filme Internacional da principal festa do cinema em 2020.
Mas, nem por isso, "A Vida Invisível" é um filme que pode ser esquecido.
Disponível no Globoplay, o longa conta a história de duas irmãs, Eurídice (Carol Duarte) e Guida (Julia Stockler), que possuem personalidades opostas.
Eurídice, uma jovem talentosa e introvertida, sonha em se tornar musicista, enquanto Guida, a mais velha e extrovertida, decide fugir de casa com o namorado.
Ambas vivem sob um rígido regime patriarcal, o que as força a seguirem caminhos distintos.
Eurídice enfrenta as dificuldades da vida adulta e um casamento sem amor com Antenor (Gregório Duvivier), enquanto Guida tenta encontrar seu próprio caminho.
Adaptação do livro "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha, a trama cativou o público por destacar a realidade de mulheres com vozes e vontades silenciadas, mesmo ambientado nos anos 1940.
Entre suas cenas, as de relações sexuais são especialmente dolorosas, retratando a submissão e a falta de agência das mulheres.
Stephane Cardinale - Corbis/Corbis via Getty Images
É possível sentir a dor das protagonistas em tomadas intensas e frias.
"A Vida Invisível" ganhou a mostra Um Certo Olhar em Cannes e foi indicado a Melhor Filme Internacional no Independent Spirit Awards, considerado o Oscar das produções independentes.