Andressa Urach fez um procedimento estético para a retirada parcial das costelas com o objetivo de afinar a cintura.
Na cirurgia, é feita a retirada de fragmentos da costela que impedem o contorno do corpo desejado, explicou Gustavo Ramasco, cirurgião responsável pelo procedimento de Andressa Urach.
A cirurgia foi feita na 11.ª e na 12.ª costelas, e, segundo ele, é possível diminuir em até 20 centímetros a medida da cintura.
O médico diz que a cirurgia de retirada de fragmentos não desprotege os órgãos.
No entanto, não há trabalhos científicos que demonstrem segurança para a realização do procedimento, disse Alexandre Kataoka, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
"A questão não é ser contra, a questão é que é uma técnica experimental, ao faltarem trabalhos com bom nível de evidência para certificar que é uma técnica cujos riscos são baixos", relatou.
Há risco de pneumotórax (colapso total ou parcial do pulmão devido ao vazamento de ar), hemorragias, perfurações e outros problemas, segundo o médico.
Por se tratar das últimas duas costelas, é possível que os órgãos fiquem desprotegidos. Afinal, elas estão próximas do rim e do pulmão.
A cirurgia também pode ser nociva para o bem-estar de Andressa Urach, na opinião de Nicole Nardy, médica do esporte pela Santa Casa de São Paulo.
O pós-operatório, por exemplo, a impede de fazer exercícios pesados por 30 dias, mas a médica acredita que o risco exista por mais tempo.
Qualquer trauma na região do tórax pode se tornar uma complicação. Órgãos importantes, como fígado e baço, estão mais expostos e frágeis após a cirurgia.
Além disso, mudar a anatomia do tronco pode resultar em problemas de postura e aumentar a incidência de cervicalgia (dor na cervical) e lombalgia (dor na coluna lombar.