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BBB: Mulheres e negros não são cogitados para substituir Leifert. Por quê?
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A notícia da saída de Tiago Leifert da Globo pegou todo mundo de surpresa. Agora, com a vaga de apresentador do Big Brother Brasil aberta, começaram as especulações sobre quem vai assumir o programa. Se você não se fez essa pergunta, só pode estar mentindo.
Esse momento poderia ser uma ótima oportunidade para a Globo corrigir a falta de diversidade entre os apresentadores dos programas de entretenimento da casa. Porém, ao que tudo indica, tudo continuará como antes.
De acordo com a apuração da reportagem do UOL, pelo menos três nomes são cogitados nos bastidores da Globo para comandar o principal reality show do país em 2022: Tadeu Schmidt, Marcos Mion e Ana Clara.
Como já é de praxe na grade da emissora, não faltam homens brancos entre os especulados. Dois dos favoritos - Mion e Schmidt - se enquadram nessa categoria.
O nome de Ana Clara até é uma boa surpresa na lista. No entanto, de acordo com informações de bastidores, alguns diretores globais a consideram com pouca experiência para apresentar um programa do porte do BBB. Além dela, não se fala em outras mulheres.
Se o cenário parece difícil para as mulheres, a situação fica pior quando consideramos as pessoas negras, que nem chegam a ser cogitadas e estão completamente excluídas da competição pelo cargo.
O problema dos nomes especulados pela Globo para assumir o BBB é que mulheres e negros estão ficando de fora. Recentemente, a dança das cadeiras desencadeada pela saída de Faustão promoveu apenas homens brancos aos principais programas da casa.
Pode-se argumentar que não há mulheres e negros prontos para assumir uma função de tamanha responsabilidade. Mas se pessoas com esse perfil nunca tiverem oportunidade em cargos do tipo, como estarão prontas?
Essa não é uma questão pessoal com apresentador X ou Y, mas uma falha estrutural da emissora nessa área. Você deve concordar comigo que ser homem ou branco não deveria ser um fator importante nessa escolha. Porém, quando se repete um padrão, significa que gênero e raça ainda são motivo para a discriminação de pessoas, mesmo em uma empresa tida como progressista como a Globo.
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