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Blog do Amaury Jr.

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Nelson Wilians - Percepção compartilhada

Colunista do UOL

12/04/2023 13h45

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Com certa frequência, recebo mensagens de jovens profissionais pedindo orientação sobre em que área atuar.

Isso depende de uma série de variáveis. Porém, a primeira observação que faço é: descubra suas vocações e considere quais atividades você mais gosta e o que o motiva.

Mas independentemente das possíveis variáveis, vale ficar atento às novas tendências socioeconômicas. As áreas de energia renovável, automação, criptomoedas e blockchain estão em ascensão. Eu destacaria, contudo, a economia compartilhada, uma área de muitas oportunidades e em constante evolução.

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Imagem: Divulgação

A ideia da economia compartilhada é atribuída a diversas pessoas e movimentos sociais, mas entre os principais nomes associados a esta ideia estão os de Rachel Botsman e Roo Roger, autores do livro "O que é meu é seu: a ascensão do consumo colaborativo", que se tornou uma referência. Publicado em 2010, o livro explora a ideia de como o modelo econômico baseado no compartilhamento de recursos e serviços entre pessoas está transformando a economia e a sociedade.

Empresas como a Airbnb, a Uber e aquelas de negócios baseados em assinaturas são alguns exemplos de como a economia compartilhada é aplicada na prática. Vale notar que esse modelo está crescendo rapidamente em todo o mundo e novas iniciativas estão surgindo em diversos países.

Juridicamente, a economia compartilhada pode ser bastante complexa, já que envolve uma série de questões relacionadas a propriedade, responsabilidade civil, regulamentação, impostos e direitos trabalhistas. Como se trata de um modelo relativamente novo, muitos países ainda estão desenvolvendo leis e regulamentações específicas para lidar com essas questões.

Não à toa, há uma crescente demanda por advogados que possam viajar nesse ambiente regulatório complexo.

A especialização pode levar a oportunidades interessantes de carreira, como atuar em grandes empresas de tecnologia, startups de compartilhamento ou escritórios de advocacia que prestam serviços jurídicos a essas empresas.

Há muitos cursos e programas de treinamento oferecidos por universidades, associações e outras organizações, para aqueles que desejam se especializar nessa área.

É importante lembrar, no entanto, que esse é apenas um dos muitos campos promissores que um jovem advogado tem no horizontal para seguir. O importante é escolher aquele que é de seu interesse e alinhá-lo com suas metas de carreira. "O sucesso não bate à sua porta. É preciso estabelecer um plano, construí-lo e vendê-lo para o mundo. Mas a chave de tudo é ter conhecimento" (Reid Hoffman, empresário e cofundador do LinkedIn).

Artigo por Nelson Wilians