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Hollywood está praticamente sem atores e as consequências estão chegando
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A indústria cinematográfica de Hollywood está sofrendo as consequências da greve dos atores. Dezenas de filmes e séries que deveriam alimentar as telas nos próximos tempos entraram em pausa no dia 14 de julho, enquanto milhares de atores e roteiristas estão se reunindo para manifestar pela atualização de seus contratos em uma nova era de dominância das plataformas de streaming e o uso de Inteligência Artificial.
Festivais cruciais, como o de Veneza, que costuma acontecer no final de agosto e início de setembro, estreias de grandes filmes como "Oppenheimer" ou "Barbie", e séries que já estavam "sobrevivendo" sem roteiristas (em greve desde 1 de maio) ficam agora sem atores. Os espectadores vão começar a sentir as consequências. Novidades de filmes esperados como "Avatar" e séries como "Stranger Things" devem demorar para serem divulgadas. As premiações ligadas ao cinema e à TV também devem sofrer alterações, como o Emmy que já foi adiado, algo que não acontecia desde o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.
As negociações para um novo contrato com estúdios e gigantes do streaming foram interrompidas, com o Screen Actors Guild (SAG, sindicato que representa mais de 120 mil atores dos EUA) acusando a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP, associação comercial que representa mais de 350 empresas de produção de televisão e cinema dos EUA) de "não querer oferecer um acordo justo". Cerca de 160 mil artistas pararam de trabalhar, juntando-se aos 11 500 membros do Writers Guild of America (WGA). Basicamente, pedem melhores salários, aumento de royalties, maiores contribuições para os seus planos de pensão e saúde e regulamentação no uso de Inteligência Artificial (IA) na indústria.
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