Cantora e atriz Lucy Alves lança disco com composições próprias
Por: Flávia Viana
Quando um artista compõe uma música e a apresenta ao mundo, é também uma forma de mostrar às pessoas como ela pensa, sente e enxerga tudo o que está ao seu redor, em especial, o amor! Depois do álbum "Perigosíssima", de 2022, Lucy fecha o ano de 2024 com "Gato do Mato", um disco inédito que apresenta dez canções, majoritariamente autorais. O novo trabalho chegará às plataformas digitais em 6 de dezembro e também será apresentado ao público em uma nova turnê que rodará o país a partir de janeiro do ano que vem.
As faixas são Gato do Mato (que dá título ao álbum), Fama, Sem Frescura, Sem Freio, Te Amo, Travessia, Lascou, Ciúmes e Tempo - lançado agora em novembro. Melaço, uma de suas músicas de trabalho deste ano, também compõe o repertório.
A faixa "Gato do Mato" dita um pouco deste momento artístico de Lucy. "Caliente, sexy, sexo, latinidade, desejo e dança. Acho que tudo isso se conecta com essa composição, que tem ainda o sentimento de um instinto que se aguça cada vez mais. Dona de si, a persona desta música, se fosse um bicho, seria um gato, com o qual eu tenho tanta identificação", define a artista.
Compor é um desejo que vinha cada vez mais latente em Lucy. "Chega uma hora em que a gente passa a entender e a decodificar melhor como queremos que a nossa arte seja traduzida. E uma composição é um dos caminhos mais certeiros para comunicar isso", explica a cantora.
"Gato do Mato" é dançante, envolvente e nasce a partir de influências nordestinas que acompanham essa musicista desde que o seu encontro com a música aconteceu ainda fora dos palcos. Ele traz baião, reggaeton, maracatu, reggae e, claro, forró, entre tantas outras levadas.
"Tempo" é o reflexo da correria dos dias atuais. Como Lucy define, um galope alucinante para se dançar no embalo do tempo. Outra faixa do disco é "Fama", um convite para as pessoas mergulharem um pouco nesse contraditório mundo famigerado, um ambiente sedutor, que muitas vezes pode ser incrível, confuso, solitário...
Da leva das paixões, nasce "Sem Frescura", que narra, a partir da sua tropicalidade e do balanço, a delícia que é amar, um amor sem medo. Ainda falando sobre sentimentos, a música "Ciúme" surge quase como uma obra literal, e que tem em sua letra um relato de Lucy: "Ser uma pessoa ciumenta é difícil. Mas confesso que já foi pior. Fiz essa música para falar um pouco sobre isso, depois que passei a trabalhar mais a questão da desconfiança em mim".
O maracatu está presente no disco com a música "Sem Freio". Essa canção expressa a vontade de viver, realizar e brincar nesse mundo sem amarras. "Aqui estão muitas de minhas influências, a partir das experiências vividas no meio musical, principalmente entre Paraíba e Pernambuco, com seus aboios e baiões", avalia Lucy.
Ainda sobre a sua personalidade artística e suas preferências musicais, Lucy não poderia deixar de trazer um bom reggae para rechear o álbum. "Sou fã declarada de reggae. Em "Lascou" falo de amor numa batida com um convidado mais que especial para esse som, o Zeider, da banda Planta e Raiz", revela a artista.
"TE AMO" promete se conectar com muita gente que já viveu um amor marcante, daquele que devasta e avassala tudo que vê pela frente, feito fogo! Mas no fundo, já está fadado ao fim... "Mais uma de minhas histórias de amor", diverte-se Lucy.
E para fechar as composições inéditas do álbum, "Travessia", que conta exatamente o que o nome sugere: o êxodo nordestino cantado em música e poesia. "Aqui tem muito da minha saga na cidade grande. Uma nau que navega, que talvez nunca se acostume, mas fez morada", finaliza Lucy.