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Os monumentos a colonizadores em São Paulo
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Em um dia de protestos pelo Brasil inteiro contra o governo Bolsonaro, uma imagem se sobressaiu: a da estátua de um bandeirante pegando fogo. Na tarde de ontem, o Borba Gato na zona sul de São Paulo foi visto em chamas por alguns minutos, até que os bombeiros foram acionados. Há anos o monumento é alvo de críticas, seja por sua estética ou pela figura e tudo que ela representa. Com o movimento Black Lives Matter, algumas estátuas de escravocratas e colonizadores pelo mundo começaram a ser removidas. O que aconteceu ontem pode ser o começo de algo parecido no Brasil.
E Borba Gato não está sozinho nessa lista. Listamos alguns monumentos em São Paulo que homenageiam figuras e histórias marcadas por exploração e morte.
Monumento às Bandeiras
Parque do Ibirapuera
O monumento tem sido alvo de críticas controversas sobre sua existência como um símbolo escravagista e de massacre ao povo indígena durante o período colonial
Monumento a Pedro Álvares Cabral
Avenida Pedro Álvares Cabral
Mais uma obra no Parque Ibirapuera, o Monumento a Pedro Álvares Cabral retrata o principal personagem da invasão portuguesa ao Brasil, em 1500. A obra tem sido alvo de críticas por conta do sistemático genocídio que os povos indígenas sofreram - e ainda sofrem - desde a chegada dos portugueses ao território, até então habitado exclusivamente por eles.
Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo
Praça Padre Manuel da Nóbrega
O monumento faz referência à fundação São Paulo, com a figura feminina, que representa a cidade, coroando seus fundadores. Na base da coluna, figuras em bronze representam indígenas em trabalho braçal, sob as ordens do Padre Afonso Braz.
Monumento a Anhanguera
Parque Trianon
Em plena Avenida Paulista, em frente ao Parque Trianon, o monumento homenageia um dos primeiros bandeirantes a desbravar o interior do Brasil, Bartolomeu Bueno da Silva. Ele ficou conhecido como Anhanguera, nome pelo qual os índios goiá o chamavam, que significa "espírito do mal".
Monumento aos heróis da travessia do Atlântico
Av. João de Barros, 287
No pedestal do monumento, encontra-se uma coluna com capitel em estilo jônico, retirada de uma construção milenar do Monte Capitolino, em Roma, na Itália, e enviada a São Paulo pelo primeiro-ministro italiano na época, Benito Mussolini, em comemoração ao feito dos compatriotas. Carrega um "fascio" de cada lado, que é um feixe de varas utilizado por militares para representar a união e foi resgatado por Mussolini para simbolizar sua ideologia.
Monumento a Duque de Caxias
Praça Princesa Isabel - Campos Elíseos
Inaugurada 5 anos após sua morte, a estátua está localizada na Praça Princesa Isabel, na esquina das avenidas Duque de Caxias e Rio Branco, na região central de São Paulo, representando o controverso Duque de Caxias, que é visto por uns como herói da história do Brasil e patrono do exército brasileiro — único brasileiro a ser nomeado duque no reinado de D.Pedro II — mas também interpretado como um imperialista e escravocrata, responsável pelos 10 mil mortos na Balaiada, o Massacre de Porongos.
Obelisco do Piques
Consolação
Monumento mais antigo da cidade, erguido em 1814, se localizava em um mercado a céu aberto onde havia tráfico de escravos.
Confira essas obras no site Arte Fora do Museu
Mapa com a localização de algumas obras de Julio Guerra, autor do Borba Gato
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