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A homenagem à rainha que desagrada alguns súditos
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Passados nove meses da morte da Rainha Elizabeth II da Inglaterra, uma homenagem em forma de arte pública está provocando discussão no norte do país. O condado de Northumberland foi o lugar escolhido para receber a obra "Ascendente: O marco de Elizabeth", uma escultura de 55 metros de altura do artista Simon Hitchens. A vizinhança, no entanto, não está feliz com a possibilidade de alteração do meio ambiente.
O trabalho de arte recebeu aprovação de planejamento pela inspeção do governo do Reino Unido em 2021. A peça vai consistir em uma ponta fina de metal saindo da terra; como uma agulha. Uma passarela construída na encosta permitirá que os visitantes caminhem debaixo da estrutura, fazendo do local um potencial ponto turístico. A peça de aço contará com 96 abas na lateral da escultura, uma para cada ano de vida da antiga rainha. Uma escada para o céu, como já diria a famosa canção britânica.
A realização da obra ainda depende de alguma coisas. A principal delas, dinheiro. A primeira parte foi a doação da terra para receber o monumento. A segunda parte deve ser realizada este ano ainda para receber doações para completar a obra. O custo estimado gasto até o momento é de cerca de 300 mil libras, o equivalente hoje a quase dois milhões de reais.
Enquanto a campanha oficial de arrecadação de fundos não foi lançada, os vizinhos contrários à homenagem seguem se manifestando. O grupo que se denomina Keep the Wannies Wild se opôs à obra de arte pública, denunciando a instalação como vandalismo ambiental pelo grande uso de aço e concreto, além da alteração significativa da paisagem.
O grupo defende que a região é selvagem, remota e tranquila. A construção de um objeto dessa proporção levaria um grande número de turistas ao local também, o que seria mais um risco ambiental. A briga deve prosseguir pelos próximos meses, agora já com um novo rei no trono.
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