Arte Fora do Museu

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Reportagem

Campinas ganha museu a céu aberto

Uma equipe com produção feminina está transformando o cenário urbano da arte em Campinas. O projeto "Ocre: o que os Olhos Não Veem" leva murais e obras em grandes escalas para as principais ruas da cidade, valorizando o espaço urbano com um olhar mais sensível e inovador para a cidade.

O projeto, idealizado pela artista Gim Martins, reúne diversas expressões da arte urbana, como muralismo, graffiti, lambe-lambe, stencil, pixo, escultura e mobiliário urbano. Ao todo, com a empena que ilustra essa coluna, são nove obras espalhadas pela cidade, sendo seis murais, uma escultura e um mobiliário urbano. Também fazem parte da equipe de produção do projeto Gisele Freitas, Camilla Torres, Vera Nunes e Luara Souza de Oliveira.

A empena que faz parte do projeto
A empena que faz parte do projeto Imagem: Raquel de Lemos

"Cada artista, munido de sua visão única, desafia quem passa pelas ruas a enxergarem além da superfície cotidiana da cidade. As obras exploram o invisível, os sentimentos escondidos nas entrelinhas urbanas e os momentos capturados apenas por aqueles que permitem uma observação mais atenta. Em cada traço, os artistas podem expressar intuição, emoção, história, memória, crítica social, entre outras questões.", conta Gim, idealizadora.

São nove artistas os responsáveis pelas intervenções no espaço público de Campinas, em sua maioria residentes na própria cidade, valorizando a produção local: Marta Christine Henriksen (Miss), Ewerton Ephifania, Dink, Sara Rezende, Gabriel Scapinelli, Robinson José da Silva e Simone Siss e Estela Luz. A previsão é das obras estarem concluídas em maio, quando o público poderá participar das visitas guiadas pelas artes.

Para além das intervenções no espaço físico, as obras contarão com recurso de realidade aumentada para que as pessoas possam ter uma experiência imersiva com cada obra no local. Cada arte realizada ali também será transformada em NFT. "Queremos suscitar um mergulho na arte. Tanto em sua forma física, da rua, quanto digital. A proposta também é propor um diálogo com o dia a dia da cidade por meio da arte urbana que é tão democrática e aberta", conclui Gim.

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