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Reedição de filme ruim da Liga da Justiça marca o fim do prestígio da HBO

Gal Gadot é a Mulher-Maravilha na tenebrosa série de filmes da DC - Warner/Divulgação
Gal Gadot é a Mulher-Maravilha na tenebrosa série de filmes da DC Imagem: Warner/Divulgação

Colunista do UOL

25/05/2020 09h50

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A marca construída ao longo de décadas com muito cuidado está recebendo duros ataques de sua própria mantenedora. A Warner segue se esforçando de maneira hercúlea para destruir o bom nome da HBO no mercado.

O primeiro erro foi batizar o serviço de streaming do conglomerado como HBO Max. Com isso, a emissora reconhecida mundialmente por apresentar conteúdo de altíssima qualidade passou a chancelar uma programação pedestre que vai de Friends até Johnny Bravo.

Se em um primeiro momento ajuda a dar uma cara premium ao que existe de mais corriqueiro, em pouco tempo esvazia uma das marcas mais importantes do audiovisual. Séries como Sopranos e The Wire, assim como a trilogia de documentários Paradise Lost, moldaram o entretenimento de massa do século 21.

Mas tudo virou um caldeirão disforme com a mistura de outras fontes no acervo da marca. O programa Last Week Tonight, apresentado por John Oliver na própria emissora, observou há meses a triste tendência: o slogan "não é TV, é HBO" terá de ser substituído por "é só TV".

O tiro de misericórdia nessa transição lamentável foi o anúncio de que o streaming vai exibir uma nova edição do filme Liga da Justiça, certamente uma das adaptações mais vexaminosas dos heróis de histórias em quadrinhos. Será uma versão autoral do diretor Zack Snyder, que foi socorrido por Joss Whedon na versão que chegou aos cinemas.

Os fãs clamaram durante meses pelo tal "Snyder Cut", e infelizmente serão atendidos. Ainda há uma discussão se acontecerá por intermédio de um longa de 4 horas ou uma minissérie de 6 partes, mas a certeza é que nada poderá salvar aquela tragédia protagonizada por Batman, Superman e Mulher-Maravilha.

Como efeito colateral, a HBO também precisará ser recuperada dos escombros.

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