Assim como Bolsonaro, reprise de Fina Estampa tem pico de popularidade
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Mesmo com todas as ressalvas da crítica especializada em saúde, política, economia e demais áreas do conhecimento humano, o presidente Jair Messias Bolsonaro vive momento de intensa popularidade.
As informações provenientes do Datafolha fizeram jornalistas e comentaristas levantarem a sobrancelha com certo espanto.
Pois a novela Fina Estampa também é alvo de muxoxo por parte dos analistas desde sua primeira exibição, no distante ano de 2011.
O retrato um tanto quanto caricato da então chamada "nova classe C", até hoje provoca celeuma nos meios intelectualizados.
Tanto que o ator Marco Pigossi, um dos destaques da trama, magoou o autor Aguinaldo Silva ao brincar que a novela deveria ser proibida nos dias de hoje.
O Brasil é um lugar estranho, mas tanto Jair quanto Fina Estampa oferecem soluções simples para problemas complicados. A ascensão social via prêmio da loteria, a cura de todos os males por intermédio de um remédio contra a malária.
Esse universo de desenho animado sombrio que ambos parecem habitar é um prato cheio para quem pretende seguir em frente sem dosar as consequências de qualquer coisa. Não estão interessados em nenhuma teoria, como cantava Belchior.
A semana que começou com Fina Estampa repetindo seu melhor desempenho desde o começo da reprise, quase 40 pontos, termina com o presidente de olho no seu próprio repeteco, as eleições de 2022, com a maior popularidade do governo.
Mantendo a inspiração em Belchior, talvez o melhor caminho seja sumir.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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