Batman mostra que a DC faz trailers muito melhores que filmes e gibis
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Quem aí ficou empolgado com o trailer do novo filme do Batman? Na pior das hipóteses, deve ter servido para melhorar ainda mais a mesada da Frances Bean Cobain, a filha do Kurt, o saudoso vocalista do Nirvana, que embalou o vídeo com a clássica "Something in the way".
A próxima encarnação do homem morcego vem com o pedigree de Matthew Reeves, famoso por arruinar a franquia do Planeta dos Macacos. Era uma série sobre macacos falantes que usavam roupinhas legais, e o cara nos privou justamente dos macacos falantes e das roupinhas legais. Um criminoso.
Dizem que as principais referências são Chinatown e Taxi Driver, o que só demonstra o desprezo que a Warner tem pelos gibis. Com uns 80 anos de ótimas histórias impressas em papel jornal, o alter ego do Bruce Wayne deve continuar sofrendo nos cinemas.
Mesmo sem essa intenção, causei polêmica quando escrevi que Joel Schumacher foi o único diretor a entender que Batman é um personagem intrinsecamente ridículo. Desprezar a condição patética de sua jornada é perder boa parte do apelo.
Mas o trailer é o maior barato. Além da formidável trilha, cria-se um clima que parece diretamente inspirado na trilogia de Christopher Nolan, mas um pouco menos afetado.
Ainda não é o suficiente para ficar empolgado. A DC tem um histórico de bons trailers para filmes muito ruins. Basta relembrar o frenesi polissilábico por conta da presença de Bohemian Rhapsody do Queen na divulgação do Esquadrão Suicida, e todo o hype em torno do indigente filme do Coringa.
Ou seja, a empresa se especializou em vender muito bem produtos nem sempre tão reluzentes. Não deixa de ser uma característica extremamente positiva em tempos como os atuais.
Que a nova enrascada do morcegão seja melhor que suas encarnações anteriores.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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