Papa Francisco declara guerra contra fofoca: De qual lado você vai ficar?
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Quando parece que não tem como ficar pior, vem o Papa Francisco, sempre tão gente fina, e resolve declarar que a fofoca é uma praga pior que a Covid-19. Com todo respeito à Vossa Santidade, me pareceu um pouco insensível com o drama de milhões que sofrem com os males do coronavírus.
Mas minha maior preocupação é com essa visão negativa a respeito de uma arte tão nobre quanto assuntar a vida dos outros. Para além dos limites de nossas vizinhanças e outros espaços de convívio, hoje a fofoca é uma indústria fundamental, tanto do ponto de vista comercial quanto cultural.
Uma artista da estatura de Beyoncé já gravou discos inteiros sobre rumores a respeito da própria intimidade. Transformou boatos e maledicências do povo em ativo não só mercadológico, mas conceitual.
Boa parte das celebridades nascidas nas redes sociais operam basicamente em dois modos alternados: falar da vida dos outros ou fornecer material para que os outros falem de si.
E como sonegar a devida importância dos recentes causos pitorescos envolvendo figuras ilustres como Anitta, Neymar e Mayra Cardi durante a pandemia? Se não fosse por eles, enquanto boa parte da produção de entretenimento encontrava-se paralisada, nossa rotina teria sido ainda mais aborrecida.
Ir contra a fofoca enquanto instituição da sociedade é se eximir de entender as benesses e os desafios do século 21, em tudo o que possui de mais anacrônico e glorioso.
Tenho certeza que o Papa vai mudar de ideia quando conhecer Léo Dias, der uma passada pela coluna do Fefito e fizer murrinho com a turma da WebTV Brasileira.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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