Caçando confusão, Luiza Ambiel sofre para nos divertir em A Fazenda

Como é cruel esse gênero chamado reality show. O estranho prazer que irrompe pela presença de dúzias de subcelebridades em um espaço rural, só para vê-los definhar psicologicamente ao longo dos dias, deve configurar algum estranho fetiche da sociedade pós-bug do milênio.

Quanto mais complicada é a história, mais prende nossa atenção. Veja só o caso de Luiza Ambiel, veterana não só da TV, mas também do próprio formato. Muitos anos antes de participar desta A Fazenda, deu uma passada pela Casa dos Artistas 3.

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A musa da banheira do Gugu não parece ter muita estrutura para lidar com as vicissitudes inerentes ao confinamento com tantas figuras pitorescas. É como se fosse um circo que nunca sai em turnê.

E para complicar ainda mais, a dinâmica do jogo coloca uns contra os outros. É algo amplamente conhecido, está no contrato. Mas nesse caso, contrariando a música, viver é muito pior que sonhar.

Ambiel vai passando pelas pautas da casa como um fio desencapado, tentando dar choques que construam narrativas positivas para ela, colocando-se na posição mais confortável em um reality, a de vítima.

É uma busca proativa, mas não sei se consciente. Diversas pessoas agem assim na vida real sem ter clareza sobre os próprios atos. Mas existe um fator extremamente positivo quando alguém se comporta de tal maneira em um programa de TV lotado de pessoas tão esquisitas: uma hora dá certo.

O insistente all-in de Luiza Ambiel nesse pôquer das emoções humanas está sendo um dos motores da atual temporada. Por método ou por desespero, o que importa é que não vai faltar assunto enquanto ela estiver em Itapecerica da Serra.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.