Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Luciano Huck teria chegado onde chegou sem Tiazinha e Feiticeira?
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Concordo quando Luciano Huck diz que "não caberia" algo como a Tiazinha e a Feiticeira nos dias de hoje. Mas senti falta de um aceno mais generoso à própria história no papo com Renata Ceribelli no último Fantástico.
Será que o apresentador teria conquistado "todos os seus sonhos", como disse no encerramento do Caldeirão no sábado, sem a popularidade acachapante das personagens interpretadas por Suzane Alves e Joana Prado no final dos loucos anos 90? Talvez, mas o caminho seria um pouco mais árduo.
Só quem viveu sabe: a ascensão das duas foi um marco cultural fortíssimo. É impossível contar a história da TV brasileira sem dedicar uns capítulos ao frenesi daquela época.
Tanto que, nos primeiros anos do Caldeirão, tentou-se com muito vigor replicar aquele sucesso da Band. Mas sem o mesmo impacto. São poucos os entusiastas ainda capazes de lembrar da Salva-Vidas vivida por Ana De Biasi, ou das assistentes de palco que atendiam pela alcunha de Coleguinhas.
É ótimo reavaliar os próprios projetos e atitudes, inclusive institucionalmente, para continuar evoluindo e trazendo boas reflexões para a sociedade. Mas poderia haver uma abordagem mais carinhosa com as perpetradoras daquelas personagens —e com a própria trajetória.
De certa forma, Tiazinha e Feiticeira correram para que o vindouro Domingão do Huck pudesse caminhar.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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