Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Um Lugar ao Sol: Excesso de azar do Cauã Reymond faz novela parecer comédia
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Começou bem Um Lugar ao Sol, a nova novela das 21 horas na Globo. O intrigante conto de dois Cauãs mostra as vicissitudes de irmãos separados no nascimento. Acompanhamos as tristezas de um rico mimado e as infelicidades de um pobre azarado.
Mas a sequência acachapante de reveses na trajetória do Cauã Pobre foi um pouco exagerada no segundo capítulo. Parecia aquela música "A Véia Debaixo da Cama" dos Trapalhões. A cada cena, uma nova tragédia era acrescentada à última, deixando até difícil de lembrar todas.
O amigo Ravi foi preso injustamente e para tirá-lo da cadeia o rapaz precisava de determinada quantia. Primeiro tentou com a namorada, mas ela já estava com outros problemas. Aí tentou um empréstimo do patrão, que lhe entregou mais trabalho, numa alegoria sobre os riscos do capitalismo.
Mas já na primeira noite de labuta como manobrista, Cauã Pobre teve um acidente e acabou não só demitido, mas ampliou a dívida. Para resolver o problema, arranjou outro: topou um frila para um traficante chamado Djalma, mas dormiu literalmente no ponto e aí perdeu a mercadoria.
Com isso, em pouco mais de 60 minutos o personagem conseguiu criar intrigas com a lei e com o crime organizado. E depois de quase cruzar com o irmão milionário várias vezes desde segunda-feira, só avistou o Cauã Rico logo quando pode colocar tudo mais uma vez a perder.
A novela usou desse subterfúgio para mostrar as diferenças de oportunidades e condições entre as classes sociais, o que parece ser um dos motes de sua história e certamente renderá boas discussões.
Mas foi uma concatenação tão admirável de eventos que o efeito, apesar de cheio de energia e até emocionante, teve efeitos razoavelmente cômicos. Por vários motivos diferentes, é uma boa novela essa Um Lugar ao Sol.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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